terça-feira, 28 de abril de 2015

Wellington diz que Estado não possui receita para aumentar salários



Governador diz que finanças e a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) impedem que seja concedido reajuste a servidores públicos estaduais

Após o início da greve dos servidores da Educação no Estado e demais servidores que ameaçam fazer o mesmo, o governador Wellington Dias tem afirmado que o Estado não tem condições financeiras de arcar com os custos de um aumento na folha de pagamento. De acordo com ele, as respostas que o quadriênio podem trazer nestes próximos dias não são tão otimistas.
Dias explica que a receita própria do Estado é boa e cresceu em torno de 12%, no entanto ele elucida a questão apontando que metade da receita do Piauí depende da receita partilhada com União, que por sua vez teve baixo crescimento. No primeiro trimestre, apresentou acréscimo de apenas 3%.
O governador frisa ainda que não há possibilidades de o Governo deixar de investir para aumentar os custos na folha de pagamento. “Meu compromisso é não deixar faltar dinheiro para investir. O Estado não pode colocar todo seu dinheiro em folha de pagamento, tem que resolver problemas de outras áreas também, por exemplo, o problema de energia, dar contrapartida para as obras andarem. Porque todo mundo tem um patrão e nome do nosso é povo do Piauí”, explica.
Apesar disso, Wellington aponta que espera que os dados do levantamento do quadriênio possam apresentar bons números. “O Estado só vai fazer reajuste com aquilo que pode pagar. Estou aguardando o quadrimestre para fazer as contas. Tenho todo carinho com os servidores, mas temos que agir com responsabilidade”, diz Wellington.
O governador lamenta pelos setores que estão em greve e diz que já foram tomadas as providências para que os estudantes não sejam prejudicados. Dias afirma que se aumentar os salários estaria descumprindo a Lei de Responsabilidade Fiscal. Ele lembra que teria o direito de fazer demissões, inclusive do quadro de permanente, mas optou por não fazê-lo. “Meu compromisso é em manter os empregos dos atuais servidores”, conclui.
Por: Sarah Fontenelle - Jornal O Dia

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