terça-feira, 27 de outubro de 2015

Servidores fazem ato no Karnak contra atos do governo

A categoria alega que o Governo do Estado não cumpriu o acordo de enquadramento dos servidores
Autor: Mírian Gomes
Créditos: Gabriel Torres/CTAto ao lado do Palácio de KarnakAto ao lado do Palácio de Karnak
Os servidores públicos estaduais realizaram na manhã desta terça-feira(27) manifestação ao lado do palácio de Karnak. O ato foi realizado pelos sindicatos dos trabalhadores em educação (Sinte), com o apoio do Conselho Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e Central Única dos Trabalhadores (CUT) e demais servidores que se manifestam contra o aumento de 15% no valor do Plamta e de 50% nos descontos referentes à utilização dos serviços médicos de urgência. A categoria alega também que o Governo do Estado não cumpriu o acordo de enquadramento dos servidores.
Ato foi realizado ao lado do Palácio de Karnak. Foto: Gabriel Torres/CT
“Estamos nos manifestando contra os atos administrativos deste governo, que até o momento não tem cumprido com nenhum compromisso assumido”, argumentou o diretor do Sinte-Pi, João Correia. “Primeiro que não cumpriu o reajuste de 13%, pois reajustou 9%, e teria de reajustar agora esse mês mais 2%, mas não cumpriu o desse mês e nem sinalizou quando vai dar esse reajuste”, detalhou o diretor, que lembrou ainda do último reajuste do acordo, de 2%, que deve ser feito em dezembro deste ano.
Ato foi realizado ao lado do Palácio de Karnak. Foto: Gabriel Torres/CT
Greve 
A categoria fez paralização em abril e maio, ocasião em que o governo fez o acordo com os servidores de realizar o reajuste de 13% em três etapas: 9%, já cumpridos, 2% em outubro e os últimos 2% em dezembro.
João Correia, diretor do Sinte-PI. Foto: Gabriel Torres/CT
Plamta e Iaspi
Na manhã desta segunda-feira (26) governador Wellington Dias autorizou redução no reajuste previsto para as mensalidades do Plamta e no percentual de coparticipação do Instituto de Assistência à Saúde do Servidor do Estado do Piauí (Iaspi-Saúde). A decisão foi tomada com base em proposta elaborada pelo secretário de Governo, Merlong Solano, e pela diretora-presidente do Iaspi, Daniele Aita, após reunião com sindicatos de servidores do Estado.
Secretário de Governo, Merlong Solano, negociou alterações com sindicatos dos servidores (Foto:Aline Medeiros)

Comissão aprova texto-base que revoga Estatuto do Desarmamento

Foi aprovado nesta terça-feira (27), por 19 votos a 8, o texto-base do substitutivo proposto pelo deputado Laudivio Carvalho (PMDB-MG) aos projetos de lei (3722/12 e apensados) que modificam o Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/03). Os destaques devem ser votados pela comissão especial que analisa a proposta na próxima terça-feira (3), às 14 horas.  

O deputado Silas Freire (PR-PI) votou durante a comissão a favor da revogação do estatuto do desarmamento e defendeu direito a autodefesa. "O desarmamento só desarmou o cidadão de bem, os bandidos continuam facilmente tendo acesso à arma de fogo e sabem que o cidadão comum não tem como se defender. Isso facilita a ação destes criminosos”, declarou o deputado.
Imagem: Lucas Dias/GP1Silas Freire(Imagem:Lucas Dias/GP1)Silas Freire

Atualmente, o Estatuto do Desarmamento autoriza apenas policiais e profissionais da segurança e da Justiça a circularem armados. Uma das novidades é inclusão da categoria dos vigilantes que foi proposta pelo deputado Silas Freire. "Os vigilantes correm os mesmo riscos de morte que outras categorias de segurança beneficiadas pelo porte de arma e fora de seu serviço eles também podem ser vítimas, até por bandidos que queiram adentrar nos carros fortes e empresas de seguros”, frisou Freire. 

Hoje, as armas utilizadas por esses profissionais são de propriedade, responsabilidade e guarda das empresas onde trabalham e só podem ser utilizadas em serviço.

O relatório final que foi aprovado hoje, acatou outra sugestão de Silas Freire, ao que se refere a avaliação psicológica para porte de arma. "Não existe atualmente requisito de validade temporal. Minha sugestão é de tornar obrigatório que ocorram reavaliações psicológicas a cada dois anos", complementou o deputado.

“Estou do lado da opinião do povo que sofre com a ação dos criminosos e não aguenta mais. A proposta tenta adequar a legislação ao pensamento da maioria da sociedade, permitindo o que a maioria da população deseja: que o cidadão de bem tenha direito de ter uma arma para se defender”, declara o deputado. Hoje demos um importante passo, agora vamos lutar pela aprovação no plenário principal da Câmara. Quem ganha é toda a população brasileira cansada de ser vítima da bandidagem e que não possui o direito de se defender", finalizou Silas.

Fonte: Ascom

Servidores do Estado fazem manifestação contra coparticipação do Plamta

A rua Sete de setembro, no centro de Teresina, que dá acesso a um dos portões do Palácio de Karnak, está fechada nesta terça-feira (27), porque um grupo de servidores do Estado está fazendo uma manifestação contra a decisão do Governo de coparticipação dos usuários do Plano de Saúde Iasp/Plamta. As pessoas também protestam contra o rejauste de 15% do plano determinado pelo governo.
Mesmo o governo tendo recuado na decisão de exigir coparticipação de 50% pela utilização de qualquer serviço de saúde pelo Plano, e ter anunciado hoje que a coparticipação agora será de 30%, os manifestantes mostram-se ainda insatisfeitos.
Eles também cobram que governo cumpra o acordo com os servidores administrativos do Estado, que eram para ter aumento de 2% em outubro, estando programado mais 2% para dezembro. Eles alegam que o reajuste não veio no contracheque agora no mês de outubro.
Estão querendo também que o governador Wellington Dias cumpra a Lei 6.560, de julho de 2014, que reajusta os salários e faz o reenquadramento dos servidores.
Os sindicatos estão com a proposta de que em dezembro, caso o governador não cumpra o reajuste e a Lei, iniciem uma greve em janeiro junto com os servidores da educação.
Estão participando do ato o SINDSASC, SINDESPI, Sinpoljuspi, Sinpolpi, SINTE, Sinpesa, Simoepi, dentre outros, servidores administrativos do governo de várias secretarias.
O aposentado Patrício Gomes disse que não tem como pagar o Plamta e nem a coorparticipação do atendimento, porque ele recebe apenas R$ 740 de aposentadoria líquida.

Lyza Freitas, da Redação
Flash Ubiracy Sabóia, do local

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Estudo do Tribunal de Contas do Distrito Federal aponta carência de quase 8 mil professores em 2014

O Tribunal de Contas do Distrito Federal constatou carência de 7.911 vagas para professores na rede pública do ensino em 2014. O número representa 22% do total de docentes efetivos da Secretaria de Educação. Uma auditoria da corte mostra que o órgão não tem um planejamento para reposição de professores afastados ou aposentados.
O quadro resultou no desperdício de 164 mil/aulas. Grande parte dos estudantes ficou alguma dia sem aulas porque o poder público não dispõe de um sistema eficiente de substituição de professores e o processo de contratação é demorado. A análise por amostragem feita em 42 escolas indicou que há 7 mil horas semanais que são, a princípio, “inutilizadas”, uma vez que não são alocados professores para atividades em sala de aula.
O estudo apontou, ainda, carência de orientadores educacionais. 20% das escolas da rede pública não tem um profissional para orientar os estudantes. Entre as 55% das escolas que têm orientador disponível, o número é inferior ao estabelecido por lei. O último concurso realizado para a seleção de orientadores ocorreu em 2004.
Apesar das carências apontadas no levantamentos, pelo menos 662 professores da rede pública estão atuando em atividades de natureza administrativa e 614 estão cedidos a outros órgãos/convênios. Apesar das carências apontadas no levantamentos, pelo menos 662 professores da rede pública estão atuando em atividades de natureza administrativa e 614 estão cedidos a outros órgãos/convênios.
A Secretaria de Educação justificou ao Tribunal de Contas no ano passado que faria a nomeação de 3.428 professores efetivos e que o número diminuiria em 19,53% os requerimentos de professores temporários. Sobre a carência de orientadores educacionais, o órgão informou que abriria concurso para a contratação de 50 profissionais.
A Secretaria de Educação ressalta que foi notificada pelo TCDF no dia 6 de acordo e tem um prazo de 90 dias para atender as recomendações e dar explicações sobre a levantamento. A pasta, segundo a assessoria de imprensa, elabora os dados e ainda não tem um retorno aos questionamentos.

Magistério em dois tempos

Fonte: O Globo (RJ)

As estatísticas não são para comemorações neste dia dos professores. Enquanto um relatório do Ministério da Educação mostra que 40% dos professores do ensino médio terão condições de se aposentar em seis anos, os dados do Censo Escolar mostram que há uma queda gradual no número de concluintes de cursos de licenciaturas apesar da quantidade de matrículas ter permanecido igual nos últimos três anos.
Os motivos para esta falta de interesse dos jovens vão desde o baixo salário até a falta de reconhecimento profissional pela sociedade. No dia dos professores, O GLOBO conversou com quem assumiu recentemente o quadro negro e com quem está guardando de vez os diários de classe.
Na série em capítulos abaixo, jovens docentes comentam os percalços, sucessos e incertezas deste começo de carreira enquanto professores que estão se aposentando este ano fazem um balanço de sua atuação. Em comum, a esperança de que o ensino é o principal instrumento para mudanças sociais.

Juventude em prol do ensino
“Se ele vestir um uniforme, é capaz de passar por aluno”. O professor Clayton Botas, de 27 anos, já ouviu muito essa frase na Escola Municipal Rivadávia Correa, no Centro do Rio. A cara de novinho fez com que os desafios de ensinar Matemática e de impor autoridade aos alunos da educação básica se tornassem mais complicados. Atualmente, ele diz que já consegue driblar melhor os percalços. Clayton pode ser considerado uma espécie rara: um jovem que não pensa em largar o magistério apesar de muitos lhe recomendarem o contrário.
— Sempre chegam para mim e falam: “Clayton, você sabe Matemática, pode se dar bem melhor em Engenharia”. Realmente eu teria um salário maior, mas isso não quer dizer que eu me daria “bem melhor”. Óbvio que há muito o que melhorar no magistério, e tenho esperança de que isso vai acontecer. Vivo confortável. Nem céu, nem inferno como pintam — conta Clayton.
No Dia dos Professor, O GLOBO conversou com profissionais novatos e experientes para relatar suas trajetórias. Segundo a última Sinopse da Educação Superior, de 2013, o número de concluintes em licenciatura de Matemática foi equivalente a 11% do total de novas matrículas. Sobram vagas para futuros “claytons” e faltam alunos querendo assumir a sala de aula. Uma outra pesquisa da Fundação Getúlio Vargas mostra que um em cada três jovens já pensou em ser professor. Na hora de tomar a decisão final, porém, somente 2% dos estudantes escolhem a licenciatura.
É o caso de Pedro Balthazar, de 23 anos, que, deslumbrado com as aulas de um professor de História, teve a certeza de que era aquela a profissão que seguiria.
— Não entrei iludido. Minha mãe é professora, e sei que é difícil. Mas, quando eu me vi tão envolvido numa aula, quis estar do outro lado e fazer um estudante ter aquela sensação.
Atualmente, Pedro é professor de História no Colégio Andrews, no Humaitá, o mesmo onde estudou, e tem o docente que o inspirou na profissão como colega de trabalho:
— É muito engraçado e gratificante. Até pouco tempo atrás, ele corrigia minhas provas. Agora, trabalhamos juntos e compartilhamos ideias.
A excelência é critério básico para se ter uma boa posição em colégios de referência como os que Clayton e Pedro atuam, mas esta não é a realidade das salas de aula brasileiras. O Censo Escolar mostra que quase 500 mil professores não têm diploma, o que equivale a 21,9% do total. Além disso, o abandono da profissão é alto.
— No último Censo, vimos que o número de jovens professores é maior do que aqueles com mais de 50 anos. Isso não acontece em outras carreiras e mostra como muitos profissionais optam por sair do magistério — analisa Roberto Aguiar, especialista em educação pela UnB.
Clayton e Pedro não pensam em largar a sala de aula, mas sabem que o aprendizado dentro dela não é só do aluno. A importância de se preencher um diário de classe, os conteúdos que devem ser ministrados em cada ano letivo, e até como se portar quando o estudante traz uma questão de foro íntimo são aprendizados conquistados com a vivência escolar. Especialistas explicam que, atualmente, a universidade se restringe muito à teoria.
— Chegamos à conclusão de que recebíamos profissionais qualificados, mas que não tinham sido treinados para a sala de aula. Por isso, agora, antes de lecionar, o docente passa para um curso para entender melhor este universo — afirma Helena Bomeny, secretária municipal de Educação, que desenvolveu a Escola de Formação do Professor Carioca Paulo Freire.
Para os alunos que acreditam que seus mestres são “carrascos”, tanto Pedro quanto Clayton afirmam que já chegaram em casa preocupados com o desempenho dos estudantes.
— Vinha uma enxurrada de nota baixa, e eu me perguntava se estava conseguindo ensinar corretamente, o que deveria mudar. Depois, fui me aproximando mais dos alunos, e o resultado foi bom para ambos — afirma Clayton.
Já Pedro diz que ficou sem reação quando seus estudantes começaram a chorar por causa de baixo rendimento. A saída foi convencê-los de que era só uma avaliação e que, na próxima, eles poderiam melhorar. Tanto esforço traz recompensas.
— Quando o aluno solta, espontaneamente, um “ah, agora eu entendi”, tenho certeza que não poderia fazer outra coisa — diz Pedro.
Por este motivo, os jovens professores destacam que a troca de experiências é fundamental.
— Os conselhos dos mais experientes são fundamentais. Uma boa escola só é construída com essa troca — comenta Clayton.
A queda da qualidade
Ana Julia Lobo Teixeira, professora de curso Normal em Cabo Frio(RJ), aposentou-se este mês após 27 anos de profissão:
"Sou professora com muito orgulho. Percebi minha vocação já no meu primeiro dia em que comecei a estudar, no Colégio Santo Antônio, em Duque de Caxias. A cada ano, aumentava essa certeza dentro de mim. Em 1967, dei o primeiro passo para realizar meu sonho que era dar aula para crianças: fui aprovada no concurso do Instituto de Educação Governador Roberto Silveira, onde comecei a cursar o Normal.
Porém, após três anos, já casada e com o primeiro filho nos braços, meu marido falou: “Antes de educar o filho dos outros, eduque os seus!”. Como educar era algo importante para mim, trabalhei no MOBRAL (Movimento Brasileiro de Alfabetização) com adultos. Mas ainda faltava algo.
Somente em 1988 foi que criei coragem e enfrentei um concurso público para o Magistério. Fui então a 14ª colocada no concurso para o Estado do Rio de Janeiro, quando apenas 19 candidatos do município de Itaboraí foram aprovados, superando todas as expectativas e indo de encontro a todos que me desmereceram por acreditarem que eu estava desatualizada, sem condições de competir.
Entretanto, reconheci que precisava de mais. Em 1990, ingressei no curso de Pedagogia e, agora ainda mais confiante, passei em novo concurso para o Estado, fechando assim a minha segunda matrícula. Durante oito anos alfabetizei crianças, como sempre sonhei. Inclusive a minha caçula, que passou a ser aluna na escola em que atuava.
Em 1997, mudei para a cidade de Cabo Frio, passando a lecionar no Curso Normal do Instituto de Educação Prof.ª Ismar Gomes de Azevedo, contribuindo assim para a formação de novos educadores. Lá, encerro agora a minha carreira no serviço público, não no magistério. Afinal, uma vez professora sempre professora. Então já comecei a alfabetizar adultos em minha casa.
Hoje, ao olhar para trás, confirmo o quanto fui feliz em minhas escolhas. Sinto orgulho de meus alunos que continuam no magistério e exercem a profissão com responsabilidade, ética e, acima de tudo, compromisso, educando para transformar vidas e, assim, contribuir para um país mais justo e igualitário.
Sou privilegiada, pois tive o melhor reconhecimento que todo o professor pode esperar: de meus alunos. Afinal, eles são a razão de todos os nossos esforços, nossas horas de sono perdidas, nossos fins de semana de sol planejando algo diferente, de nossas ausências em casa, com a família. Ano passado, quando saiu minha primeira aposentadoria, meus alunos e colegas de trabalho fizeram lindas homenagens. Deram até meu nome à nova quadra da escola. Foi realmente emocionante. Sem falar das inúmeras vezes que fui patrona de turmas, batizei filhas de alunas, que deram meu nome às filhas, entre tantos momentos inesquecíveis.
Dediquei-me a mostrar a todos a importância de nossa carreira, ressaltando que todas as “grandes profissões” passaram pelas mãos de um mestre. Não se faz um país sem professor!
Porém, entendo que é fundamental repensar a valorização da categoria, caso contrário, estaremos fadados à escassez do profissional. Não apenas de sacerdócio vive o professor e, com salários baixos, salas lotadas, desrespeito, falta do incentivo funcional, entre tantos outros problemas, poucos querem ingressar nesse mercado. O professor precisa ocupar lugar de destaque, afinal ele é o alicerce da sociedade".

Do fascínio à realidade
Ana Julia Lobo Teixeira, professora de curso Normal em Cabo Frio(RJ), aposentou-se este mês após 27 anos de profissão:
"Estudei em escolas públicas até o ensino médio. Formei-me pela Universidade Gama Filho como Bacharel em Ciências Biológicas e pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro em Pedagogia. Na UFRJ e na UERJ fiz vários cursos de Extensão e Aperfeiçoamento. Durante 43 anos exerci o cargo de professora. No início, no primeiro segmento de ensino fundamental municipal e, depois, no ensino médio estadual.
A educação sempre me atraiu por sua interatividade: ensinando, aprendendo, trocando experiências com alunos, professores e outros profissionais da educação. A Educação é fascinante! Ela não é um setor isolado.É a base formadora de cidadãos. Ela se entrelaça com outros fatores de grande importância para que seus objetivos sejam alcançados.Uma política sócio-econômica satisfatória, um projeto politico pedagógico viável, a presença da família, o aspecto espiritual e a assistência psicológica estão entre os segmentos indispensáveis e auxiliares do equilíbrio e da ordem docente e discente. O espaço escolar deve ser um ambiente agradável, contendo todos os recursos materiais necessários à execução do planejamento curricular. Os educadores devem ser respeitados por todos no exercício profissional. Ele é um agente formador e transformador importante na sociedade. Deve ser valorizado,inclusive economicamente, recebendo um salário que corresponda a importância do papel social que tem.
Minha primeira década: Fascínio
A unidade escolar era um lugar seguro onde educandos e educadores faziam suas atividades com tranquilidade e bom êxito. O educador exercia a sua função com satisfação. Era bem remunerado, respeitado, a maioria trabalhava apenas em uma unidade escolar, os alunos tinham interesse pelos estudos. A família se fazia muito presente no processo educacional, atendendo às propostas apresentadas. Supervisores e orientadores educacionais desempenhavam sua função, ajudando os educadores e educandos a desenvolverem com habilidade seus trabalhos. Havia pouca evasão escolar e o índice de reprovação não assustava. Na medida em que os anos foram passando, foi ficando notória a inversão de valores e o que começava a acontecer, contrariava o idealismo dos Educadores.
Minha segunda década: Resistência
Começa o período de um esforço maior dos educadores para fazerem o papel que lhes cabe na Educação. Há uma inversão de valores: um paternalismo exagerado, os educadores deixam de ser reconhecidos e respeitados como professores e passam a ser chamados de “tias” e “tios”, o que, profissionalmente, o desvaloriza, já que a tia, no sentido de parentesco, substitui a mãe na sua ausência, por um curto período de tempo, e não é remunerada para isso. A ausência familiar também se faz notar. A Educação começar a ter elos importantes se abrindo e soltando. Ainda não se vê o resultado, mas os educadores já sinalizam e discutem as prováveis consequências. Começam as greves e ele sai da sala de aula com seus alunos para lutar pela Educação. O fascínio pela Educação ainda estava latente em cada educador. O coração do educador bate pela Educação.
Minha terceira década: Constatação
A confirmação de que algo estava acontecendo para estabelecer o caos na Educação chega logo. É momento de muitas reuniões pedagógicas, debates. Reformas curriculares acontecem, trazendo esperança de restabelecimento da ordem na Educação. Os educadores procuram pontuar os elos partidos, mas os elos já se perderam. A ausência familiar é logo percebida. Sem a presença dos responsáveis familiares, o educando ficou a deriva porque silenciou esta voz. O cansaço dos professores é maior, pois agora eles já trabalham em várias escolas para compensar a defasagem salarial. Os salários que antes atendiam as suas necessidades, agora, precisam ser complementados. As licenças para tratamento de saúde são constantes. O desgaste é grande. Muitos educadores são afastados por diversas causas. Há ainda os que perderam as funções que exerciam e davam suporte educacional como bibliotecários, orientadores e supervisores educacionais. Os Educadores gritam nas ruas “Salvemos a Educação!”: as greves continuam.
Quarta década: Realidade
O educador ainda está em sala de aula porque acredita que só o conhecimento poderá trazer mudanças que melhorarão a qualidade de vida dos seus educandos. A Educação ainda é o alicerce de uma sociedade que quer ver os direitos dos seus cidadãos respeitados por todos. Mas, hoje, os resultados do processo educacional não correspondem aos seus objetivos: as metas estabelecidas nem sempre são alcançadas, a evasão escolar supera o esperado, o índice de aproveitamento é baixo e o percentual de reprovados aumenta a cada dia. Muitos professores começam a desanimar e saem para fazer carreira em outras áreas, pois não conseguem obter o retorno, previsto, do conteúdo ensinado, já que tem que interromper as suas aulas para alfabetizar alunos que chegaram ao ensino médio com deficit na leitura e na escrita. Infelizmente, deparamos certa agressividade prejudicial entre os educandos que gritam por direitos e ignoram seus deveres. A aprovação automática tornou-se a pá de cal na Educação. Mas o coração do Educador ainda pulsa… pela Educação.
Conclusão
Nós, Educadores, conduzimos os alunos até uma plataforma de onde eles partirão para um futuro incerto, mas cheio de probabilidades de sucesso, e deixamos que eles embarquem. A maioria deles vai em busca de novas conquistas e não os vemos mais. Seguem sempre para frente, visualizando alcançar novos horizontes. Poucos retornam para contar-nos as suas conquistas. Nós continuamos o nosso trabalho com novas crianças, jovens e adultos. Mas, se um dos setores ou fatores que andam paralelos com a Educação, governo, família, não se fizerem presentes no processo educacional, não conseguimos levar nossos alunos à plataforma, eles não embarcam e se perdem. Então, o resultado final é um alto índice de reprovação, de evasão escolar, de pedidos de exoneração, de licença médica, entre outros malefícios.
As reformas politico-pedagógicas devem ter como foco melhorar a qualidade do ensino, dinamizar a tarefa educacional e otimizar o percentual de aprovação. As novas tecnologias podem ser bem vistas na educação e não devem ser vistas como perturbadoras da ordem, mas, sim, serem usadas como facilitadoras do binômio ensino-aprendizagem. Elas já chegaram à sala de aula e podem ser aproveitadas, tornando o processo de aprendizagem mais atraente. O seu uso deve ser aplicado de tal forma que atenda as propostas curriculares sem deixar de ter os aspectos lúdicos que as tornam agradáveis. Este é o novo caminho da Educação e que, futuramente, será aperfeiçoado e de uso comum em todas as Unidades Escolares. As novas tecnologias: celular, tablets e o que surgir daqui pra frente entram no cenário da Educaçao como coadjuvantes, pois o professor continuará a ser o protagonista na Educação. O professor continuará no seu papel de articulador e disseminador do conhecimento, presente nas discussões temáticas, nos debates e promovendo a inclusão social do seu aluno. Com o uso da tecnologia haverá um ganho maior de tempo para discussões em sala de aula, na medida em que tarefas extra classe são colocadas em blogs e são acessadas pelos discentes em suas casas, no horário que for melhor para o educando, gerando uma autonomia na decisão de sua execução. Há, também, que se dar atenção às responsabilidades de cada um dos participantes do processo ensino-aprendizagem, requerendo os seus direitos e cumprindo com destreza os seus deveres. Há de se construir uma Educação em que os fantasmas da evasão escolar, da reprovação e da baixa remuneração profissional deixem de assustar educadores e educandos durante os anos letivos vindouros. Então, o educador alcançará o melhor da meta a que se propõe na Educação.
O privilégio do reconhecimento
Lourdes Alves Dias, professora de biologia, atualmente em Saquarema (RJ). Dá aulas há 27 anos e está se aposentando este ano de uma das duas matrículas que possui:
"Fiquei pensando em tantas coisas nesses dias e sempre cheguei a uma conclusão muito clara, compartilhada com muitos/muitas colegas de profissão: ser professor já foi muito melhor! Não vou ficar aqui curtindo um saudosismo romântico e choramingando aquelas frases repetidas “no meu tempo isso, no meu tempo aquilo”, mas me pego às vezes pensando exatamente desse modo.
Em março de 1988 comecei a lecionar em uma escola estadual com 5 salas de aulas, em Xerém, Duque de Caxias, Baixada Fluminense. Tinha turmas com 26, 28, 32 alunos, as salas não comportavam mais do que isso. Meus alunos de 27 anos atrás evidentemente eram diferentes dos meus alunos atuais. As diferenças são muito claras, no comportamento, na forma de vestir, de falar, de expor seus sentimentos.
Também as condições nas escolas em que trabalhei eram muito diferentes. Não havia sequer telefone! Copiadora era um equipamento quase de ficção científica. Hoje temos computadores, internet, celulares, notebooks, tablets... Viu só quanta diferença? Mas posso afirmar que apesar de todo esse avanço não vejo resultados muito melhores nem mais animadores. Percebo cada vez mais alunos sem noções básicas do idioma, com enormes dificuldades de raciocínio lógico, sem saber inclusive para que serve a escola. Estar na escola, muitas vezes é como estar em uma praça ou no botequim da esquina.
Perdemos o fio da meada. E não me pergunte o que fazer ou como fazer porque não sei os caminhos para achar as respostas. Passei por tantos governos, tantos planos revolucionários, tantos projetos pedagógicos mirabolantes e o que continuo presenciando é a queda cada vez mais acentuada da qualidade da educação. Talvez um caminho seja uma discussão ampla com a sociedade para saber o que a sociedade quer, mas sei que é difícil e não imagino um comprometimento assim neste momento.
Mas o mais importante, o que realmente tem valor, o que fica e o que vou levar são as lembranças, boas principalmente, dos alunos, dos meus colegas, de alunos e colegas que se transformaram em mais do que companheiros de jornada, em confidentes, amigos. Pessoas extraordinárias que tive o privilégio de conhecer. Muitos, muitos profissionais comprometidos, engajados, fazendo seu trabalho com responsabilidade, seriedade e competência.
E foi também assim que eu procurei nortear minha atuação. Sei da enorme importância social da função e nunca duvidei de que só através da escola, da educação podemos construir uma realidade diferente. Apesar de todo o desânimo não quero passar uma ideia pessimista.
Estamos sim em um momento turbulento, reflexo de uma conjuntura da qual a educação faz parte, mas não podemos desistir. Temos que, juntos, buscar uma solução e achar um caminho".

Como valorizar a carreira de professor no Brasil?

Em meio a protestos por melhorias na educação, à greve de professores no Estado do Rio de Janeiro e à pouca procura pela carreira no magistério, o que é preciso para valorizar a carreira de professor no Brasil?
Pesquisa divulgada no início do mês pela fundação educacional Varkey Gems colocou o Brasil em penúltimo lugar entre 21 países em um ranking de valorização de professores, com base na remuneração de docentes, respeito por parte dos alunos em sala de aula e o interesse pela profissão.
Neste último quesito, uma outra pesquisa, das fundações Victor Civita e Carlos Chagas, deu também indícios desanimadores: apenas 2% dos estudantes de ensino médio pesquisados tinham como primeira opção no vestibular carreiras em pedagogia ou licenciatura.
"Há o problema da atratividade da carreira e da formação dos professores – e ambos estão interligados", opina à BBC Brasil Paula Louzano, pesquisadora da Faculdade de Educação da USP e doutora em educação em Harvard.
"Ao contrário de países (com ensino considerado de alta qualidade) como Cingapura, Finlândia e Canadá, no Brasil o trabalho é visto como algo que qualquer um pode fazer. A maioria não escolhe ser professor, é escolhido (por falta de outras oportunidades)."
A mudança dessa mentalidade é "fundamental", diz Louzano. "A docência é uma das profissões mais complexas de se fazer bem-feito, de ensinar 40 alunos de uma mesma sala com demandas e históricos diferentes."
O tema ganha força nesta terça-feira, dia do professor, em que estão planejados protestos pela educação em diversas cidades brasileiras e em que a presidente Dilma Rousseff escreveu em seu perfil no Twitter que "educação de qualidade exige professores mais bem formados e melhor remunerados".
Também nesta terça-feira, professores fluminenses decidiram em uma assembleia continuar uma greve iniciada há 2 meses.

Salários

O debate sobre a atratividade da profissão também passa por salários. Um levantamento da ONG Todos Pela Educação com base em dados do Pnad (pesquisa nacional de amostra de domicílios do IBGE) mostra que os professores de educação básica brasileiros ganham apenas um terço do que a média de profissionais formados em ciências exatas.
Cartaz de greve de professores no Rio (Ag Brasil)
Image captionProfessores estão há dois meses em greve no Rio
Isso ajudaria a explicar a dificuldade de muitas escolas em conseguir bons professores de física e matemática, já que profissionais com esse tipo de formação conseguem remuneração muito superior em outras áreas.
Ao mesmo tempo, o levantamento da ONG aponta que o salário dos professores tem crescido gradativamente entre 2002 e 2011 (o Pnad de 2012 ainda não foi computado), ganhando competitividade perante os rendimentos de outros profissionais com ensino superior completo.
"A diferença salarial está caindo, mas as condições de trabalho não dizem respeito apenas ao salário", explica Alejandra Meraz Velasco, gerente técnica da Todos Pela Educação.
Beatriz Lugão, diretora do Sindicato Estadual dos Professores do Rio, cita entre as queixas da categoria "a falta de autonomia pedagógica (o fato de os professores se sentirem limitados quanto à elaboração das aulas, por exemplo), turmas superlotadas, sucateamento de escolas e filtro ideológico na indicação política (do corpo de diretores)".
Simultaneamente, um dos avanços em políticas públicas, diz Paula Louzano, é a adoção de um piso salarial nacional aos professores, ainda que não tenha sido estabelecido em âmbito federal um limite máximo de horas de trabalho.
"Isso faz com que alguns professores trabalhem 71 horas semanais, em duas ou três escolas diferentes. A qualidade desse trabalho vai ser afetada."

Gestão escolar

Para Naercio Menezes, coordenador de pesquisas do centro de políticas públicas do Insper, o professor está lentamente recompondo seu poder de compra perante outras carreiras, mas ele argumenta que não há uma correlação clara entre salários de mestres e o desempenho dos estudantes em avaliações como a Prova Brasil. E diz que o número de faltas desses professores é um dos fatores que prejudicam os alunos.
"O mais importante é a gestão (escolar)", defende. "Se a escola não introduz a meritocracia e o bônus pelo desempenho (dos professores), há uma acomodação geral no sistema."
A ideia não é consenso entre especialistas. Louzano argumenta que a escola pública, em geral, não oferece apoio suficiente ao docente para impor cobranças por meritocracia.
"É preciso pensar numa política que combine apoio (ao professor) e incentivos (ao seu desempenho)", opina.
Mas a gestão escolar volta a aparecer como um fator importante em uma recente pesquisa da Fundação Lemann e do Itaú BBA, que mapeou iniciativas bem-sucedidas em escolas em regiões carentes do país.
Entre essas iniciativas estão estratégias para valorizar o docente – mesmo na ausência de um plano de carreira – e capacitação especial para os professores em pontos específicos do conteúdo escolar que eles tenham tido dificuldade em ensinar aos alunos.

Formação

Escola em Brasília, em foto de arquivo da Ag. Brasil
Image captionGestão escolar e formação de docentes são apontadas como fatores importantes
A capacitação e formação dos mestres é citada também por Paula Louzano como um dos pontos cruciais para a valorização do docente e a melhoria do ensino básico no país.
Ela cita duas preocupações específicas: primeiro, a não-valorização de suas habilidades ("infelizmente consideramos aceitável que, se falta um professor de física, qualquer um possa dar aula no lugar dele") e, em segundo lugar, a proliferação de cursos privados de qualidade duvidosa - muitos à distância e com carga horária insuficiente – na formação de docentes.
"Há no mercado cada vez mais cursos baratos, de final de semana, e sem tutores qualificados, que certificam (pessoas a serem professores)", argumenta. "Por que não consideramos isso aceitável em engenharia ou medicina, mas sim na formação de nossos professores?"
Questionado pela BBC Brasil, o Ministério da Educação enumerou projetos diversos voltados à valorização de docentes, como o Plano Nacional de Formação de Professores (com cursos de licenciatura e formação pedagógica), o Pibid (programa de concessão de bolsas a alunos de licenciatura) e a Universidade Aberta do Brasil, que tem cursos de aperfeiçoamento a professores em áreas como matemática, gestão escolar e educação integral, entre outros.

Professores de Cocal pedem editais para mestrado profissional

Os professores de Cocal dos Alves aproveitaram a visita do ministro da Educação,  Aloizio Mercadante, à Escola Augustinho Brandão nesta quinta-feira (15) para fazer uma série de reivindicações. Entre elas, a abertura de editais para mestrado profissional, mais salas de aulas e um auditório.
"Os professores pediram que seja priorizado abertura dos editais para mestrado profissional. Eu, como governador, autorizei o acesso e a mudança de nivel para os professores que estão acumulando isso desde 2014", afirmou o governador Wellington Dias durante entrevista ao Jornal do Piauí direto de Cocal dos Alves.
Segundo ele, haverá no município um polo da Universidade Aberta, Pontos de Cultura. "Para completar a estrutura da educação. Além disso, vamos fazer uma obra de asfaltamento que contempla a escola", disse o governador.
Wellington Dias afirmou que era um marco o ministro escolher o Piauí para comemorar o Dia do Professor. "De 201 mil escolas no Brasi, ele escolheu Cocal dos Alves. É algo que marca. É uma escola referência e ele queria saber o que tinha aqui", destacou, ressaltando que o Estado já possui 151 escolas bem avaliadas.
Hérlon Moraes
herlonmoraes@cidadeverde.com

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W. Dias determina e CGE fará auditoria na folha de pagamento dos servidores

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terça-feira, 13 de outubro de 2015

Teresina é o primeiro município a receber ICMS Ecológico no Piauí

Teresina passou a receber o ICMS Ecológico como prêmio pelas ações que vem desenvolvendo de proteção ao meio ambiente e aos recursos naturais. A capital do Piauí foi a primeira a receber o recurso, que somou 2% do que foi arrecadado pelo Estado.

O auditor fiscal da Receita Municipal da Secretaria Municipal de Finanças (SEMF), Esdras Avelino, explica que o recurso provém do ICMS que é repartido entre os municípios. “O recurso corresponde, no máximo, a 5% da parcela de 25% do ICMS que é arrecadado pelo Estado do Piauí e distribuído entre as cidades, por determinação da Constituição Federal de 1988 e da Lei Estadual n° 5.813, de 03 de dezembro de 2008”, detalha.

O ICMS Ecológico é concedido aos municípios que se destacam na proteção ao meio ambiente e recursos naturais, conforme o nível da gestão desenvolvida no exercício anterior ao do procedimento de premiação, com a adoção de providências efetivas relativas às ações de gerenciamento de resíduos sólidos, educação ambiental, redução do desmatamento, recuperação de áreas degradadas e reflorestamento, redução do risco de queimadas, conservação do solo, da água e da biodiversidade, entre outros.

Sobral/CE: Votorantim pretende usar resíduos na fabricação de cimento

O Grupo Votorantim pode ser um dos principais consumidores dos produtos da usina de tratamento de lixo que vai ser construída em Sobral , município do estado do Ceará. No dia 11/10, diretores do grupo participaram de reunião com o governador Camilo Santana e prefeitos membros do Consórcio Municipal para Destinação Final de Resíduos Sólidos (Comderes) para tratar da parceria público-privada (PPP).

Com um investimento aproximado de R$ 30 milhões, a Central de Tratamento de Resíduos (CTR), que será financiada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), está prevista para entrar em operação em 2016. A ideia é que 75% dos resíduos que serão destinados para CTR pelo consórcio sejam transformados na fábrica da Votorantim, em Sobral, em combustível não poluente para produção de cimento. O projeto seria piloto para as demais plantas do grupo no país.

A empresa já tem uma experiência de substituição de parte do combustível fóssil queimado nos fornos com pneus usados. Este co-processamento reduz a quantidade de CO2 lançada à atmosfera e também contribui para uma melhor destinação do lixo gerado pelas cidades. “É um processo que se adequa à Política Nacional de Resíduos Sólidos e a gente poderia utilizar este material na nossa fábrica, o que reduziria bastante o impacto social que hoje existe em todas as prefeituras do Brasil. É um projeto inovador, a Prefeitura de Sobral já demonstrou interesse em avançar isso de maneira bastante forte e nós estamos entrando como potenciais clientes da prefeitura para poder receber este material e utilizar no nosso processo produtivo”, afirmou o diretor técnico da Votorantim, Álvaro Lorenz.

O prefeito de Sobral, Clodoveu de Arruda, vice-presidente do Comderes, explica que o aterro de Sobral, que recebe em torno de 180 toneladas de resíduos sólidos do município por dia, vai passar a receber 350 toneladas diários de 14 municípios, com a nova CTR. A ideia é que 75% sejam vendidos para Votorantim, outros 20% destinados à reciclagem e 5% fique como rejeito.

O Comderes é formado pelos municípios de Sobral, Alcântaras, Cariré, Coreaú, Forquilha, Frecheirinha, Graça, Groaíras, Massapê, Meruoca, Moraújo, Mucambo, Pacujá, Santana do Acaraú e Senador Sá.

Fim do Lixão. Primeira unidade do Aterro Oeste está 60% concluída, diz o Governo de Brasília

Segundo o Governo de Brasília, conclusão dessa etapa permitirá a abertura do espaço em 2016 e o recebimento de 2,7 mil toneladas de lixo produzidas diariamente no DF

As obras da fase inicial do Aterro Sanitário Oeste, retomadas em julho pelo novo governo do DF, estão 60% concluídas. Segundo o governo, esta etapa, que inclui a construção da primeira célula de aterramento, permitirá que o local passe a funcionar em meados de 2016. Com isso, o governo de Brasília se enquadrará na Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305, de 2010), que determina a desativação de lixões e a construção de aterros sanitários em todas as capitais do Brasil até 2018. Assim, devem ser encerradas as atividades no aterro do Jóquei, popularmente conhecido como Lixão da Estrutural, o maior a céu aberto da América Latina.

Localizado entre Samambaia e Ceilândia, o Aterro Oeste terá 760 mil metros quadrados, dos quais 320 mil são destinados ao recebimento de rejeitos (materiais não reutilizáveis) e serão construídos em quatro etapas. A primeira terá quatro células de 25 mil metros quadrados cada uma, sendo que a conclusão de apenas uma — exatamente a que tem 60% das obras prontas e será finalizada em 2016 — é suficiente para ativar o aterro.

Já foram escavadas as fundações onde os rejeitos ficarão depositados. No momento, a obra, de responsabilidade do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), está na fase de compactação do solo. Isso significa que, no buraco — que está quase no nível do solo, para que não seja contaminado o lençol freático da região —, está sendo colocada uma camada de 1,5 metro de terra altamente condensada.

Depois da compactação, a célula de aterramento receberá uma manta de polietileno de alta densidade, texturizada nas duas faces e com espessura de 2 milímetros; uma camada de proteção mecânica da manta (50 centímetros de solo) e, por fim, os drenos de captação de chorume e gás. Essas medidas impedem a contaminação do solo.

Quando essa estrutura estiver pronta e for inaugurada, o Aterro Oeste passará a receber aproximadamente 2,7 mil toneladas de lixo produzidas diariamente em Brasília. Com essa quantidade de resíduos, a primeira célula de aterramento teria capacidade para funcionar por um ano e dois meses.

As obras das etapas seguintes serão continuadas paralelamente ao início do funcionamento do local. O aterro foi projetado para receber 8.130.000 toneladas de rejeitos e, com isso, ter a vida útil de aproximadamente 13 anos. O custo para construir todas as células de aterramento será de R$ 82.745.120. Esse recurso é do SLU.

Além da construção da primeira célula, ocorrem no local obras de infraestrutura, também de responsabilidade do Serviço de Limpeza Urbana, mas feitas pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap). São três partes. A primeira, que inclui sistema viário interno e drenagem de águas pluviais, no valor de R$ 15.257.022,29, está 92% concluída depois de ter sido retomada em julho. No momento, os trabalhos estão lentos, pois falta pagar à empresa contratada uma parcela de R$ 2.968.165,57. Apesar de ser uma dívida da gestão anterior, o governo a reconhece oficialmente, mas ainda não definiu a data do pagamento.

As outras duas partes estão em processo de licitação. Uma, no valor de R$ 5.039.279,89, está em fase de recursos e inclui a pista de acesso ao aterro, o cercamento e a barreira vegetal. A outra, de R$ 4.987.361,03, prevê a construção das edificações de apoio. As propostas para essa segunda etapa devem ser entregues até 23 de outubro.

Haverá ainda um poço para acumular e bombear o chorume, a ser construído pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb). A licitação deve ser lançada na primeira quinzena de novembro.

As técnicas utilizadas em um aterro sanitário asseguram a proteção ao meio ambiente e o correto tratamento dos resíduos urbanos. A impermeabilização do solo e o sistema de drenagem reduzem o volume de lixo e evitam a contaminação das áreas próximas ao espaço e a proliferação de animais como roedores e urubus, vetores de doenças. “O aterro protege o solo, a água e o ar. Impede, por exemplo, que o chorume gerado na decomposição do lixo atinja o lençol freático”, explica a diretora-geral do SLU, Kátia Campos.

O funcionamento do Aterro Sanitário Oeste é uma das medidas necessárias para encerrar as atividades no aterro controlado do Jóquei, na Estrutural. No processo para desativá-lo, o SLU iniciou melhorias para recuperar o local, o que permitiu a mudança de status de lixão para aterro controlado. “Por definição, o lixão é um terreno que dá acesso para qualquer pessoa jogar o que quer, sem nenhum controle. Ele vira aterro controlado melhorando a operação”, explica Kátia.

Até junho, o então lixão do Jóquei não tinha delimitação. Agora, uma cerca de seis mil metros contorna 100% do local e foram mantidas apenas duas entradas: uma para caminhões, outra para carros comuns. Na área, também é feita a compactação do resíduo, e o lixo é coberto com entulho ou rejeito de composto. Além disso, foram instalados tubos de concretos para drenar, por meio de queima, os gases emitidos.

“Hoje tem um controle, não é Lixão. Quem chega precisa pedir para entrar. Melhoramos a operação para ele poluir o mínimo possível”, avalia a diretora-geral do SLU. Como depende de outros fatores, a data exata de desativação do aterro controlado ainda não foi definida. Após a inauguração do Aterro Sanitário Oeste, a área na Estrutural seguirá recebendo resíduos específicos, como entulho da construção civil.  

audiência discute Plano de Resíduos Sólidos em Miguel Alves

Uma audiência pública para aprovação do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos foi realizada pela prefeitura de Miguel Alves, município brasileiro do estado do Piauí, no sábado (10/10).

O encontro reuniu cerca de 40 participantes no auditório do Bolsa Família. O palestrante Jamacy Avelino do Nascimento Junior, engenheiro sanitarista e mestre em recursos hídricos, apresentou a Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída na Lei 12.305.

A prefeita Salete Rêgo ressaltou a importância da conscientização da população sobre os resíduos sólidos. “Precisamos separar o lixo orgânico do sólido. Somos todos responsáveis pelo lixo que produzimos”, alerta. A gestora também acrescenta que trabalhará pela inclusão social dos catadores de lixo.  

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Prefeitura realiza concurso público com salário superior a R$ 5 mil

Da Redação do Portal AZ

A Prefeitura de Bom Jesus, Piauí, recebe até o próximo dia 22 as inscrições do Concurso Público para a contratação de 165 novos profissionais no município. Os salários variam de R$ 788,00 a R$ 5.724,00, para desempenhar atividades em jornadas semanais que vão de 20h a 40 horas.



As oportunidades estão distribuídas entre nível fundamental: Agente de Desenvolvimento Econômico (2); nível médio: Agente Comunitário de Saúde (11), Agente de Endemias (5), Técnico de Enfermagem (4), Técnico em Vigilância Sanitária (3), Técnico em Edificações (2), Técnico Agropecuária (2), Agente de Trânsito (2) e Auxiliar Administrativo (4); nível superior: Professor Polivalente de Educação Infantil e Ensino Fundamental 1º ao 5º ano (66), Professor nas áreas de Língua Portuguesa (4), Matemática (4), Ciências (2), História (2), Geografia (2) e Inglês (5), Nutricionista (2), Médico nas áreas de Clínico Geral - PSF (5), Psiquiatra (1), Médico-Veterinário (1), Enfermeiro (3), Farmacêutico (2), Fisioterapeuta (3), Procurador Municipal (2), Analista Técnico (2), Arquiteto (1), Engenheiro Civil (1), Assistente Social (2), Psicólogo (2), Fiscal de Tributos (2),Odontólogo Especialista nas áreas de Cirurgia (1), Periodontia (1), Endodontia (2), Prótese Dentária (1) e Necessidades Especiais (1).

As inscrições devem ser feitas pelo site da organizadora www.copese.ufpi.br. As taxas de inscrições são de R$ 50,00 a R$ 100,00, dependendo do nível de escolaridade.

Todos os inscritos serão analisados por meio de escritas compostas por questões objetivas e de títulos, para alguns cargos. As avaliações objetivas estão previstas para o dia 22 de novembro de 2015.

A validade deste Concurso será de dois anos, contado da data da publicação do resultado final, podendo ser prorrogado, por igual período.

River vence Lajeadense por 3 a 0 e fica muito perto da 'Série C' do Brasileirão

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quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Dilma regulamenta lei que limita a 40% total de ingressos para meia-entrada



O governo federal publicou nesta terça-feira (6) no Diário Oficial da União (DOU) decreto com as regras para a emissão de meia-entrada no país. De acordo com o texto, que regulamenta lei aprovada em dezembro de 2013, o benefício deve ser assegurado em 40% do total de ingressos disponíveis para venda ao público em geral. As regras passam a valer a partir de 1º de dezembro.
Têm direito a pagar a metade do preço nos ingressos estudantes, jovens de baixa renda e deficientes. Para ter direito ao benefício, os alunos precisam apresentar a Carteira de Identificação Estudantil (CIE), a carteirinha do estudante. O documento pode ser expedido pela Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), pela União Nacional dos Estudantes (UNE), pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), pelos diretórios centrais dos estudantes (DCEs) e os diretórios acadêmicos.
Os jovens de baixa renda também terão direito à meia-entrada com a apresentação da chamada Identidade Jovem, documento que será emitido pela Secretaria Nacional da Juventude. O órgão, com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social, ainda precisa regulamentar como será a emissão. A presidente deu prazo para que o documento seja emitido até 31 de março de 2016.

Eventos como o Rock in Rio poderão limitar a meia-entrada a 40% dos ingressos à venda
Já as pessoas com deficiência, podem apresentar o cartão de Benefício de Prestação Continuada da assistência Social ou documento emitido pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). Quando a pessoa com deficiência precisar de acompanhante, este também terá direito ao ingresso com a metade do preço.
O decreto determina que os estabelecimentos comerciais e culturais deverão disponibilizar em local visível ao público as informações atualizadas sobre o número total de ingressos e a quantidade disponível para venda à metade do preço. Na ausência dessas informações, quem tem direito à meia-entrada poderá pagar a metade do preço mesmo que o porcentual dos 40% de ingressos tenha sido esgotado.
As regras da meia-entrada valem para todas as categorias de ingressos disponíveis para venda ao público em geral, inclusive camarotes e áreas especiais. Não se aplica, porém, aos serviços adicionais eventualmente oferecidos nesses lugares.
Nos casos de fraude, a presidente amenizou as sanções previstas ao vetar a perda definitiva de autorização para emissão do documento estudantil. O decreto estabelece apenas multas e suspensão temporária da autorização para quem emitir irregularmente as carteirinhas.
Fonte: Uol