quinta-feira, 30 de junho de 2016

Educação ruim deixa Brasil na lanterna do ranking capital humano



A má qualidade da educação de base jogou o Brasil para baixo na nova edição do "Relatório Sobre o Capital Humano", estudo do Fórum Econômico Mundial sobre o êxito dos países em preparar sua gente para criar valor econômico.
O Brasil ficou em 83º lugar entre 130 países. Dono da oitava maior economia do mundo, pontuou menos que países da América Latina e Caribe de menor desenvolvimento relativo, como Uruguai (60º), Costa Rica (62º), Bolívia (77º) e Paraguai (82º). Cuba, na 36ª posição, lidera na região.
Calculado desde 2013, o chamado Índice de Capital Humano compara 130 países e uso do potencial de capital humano.
Sintetiza indicadores de ensino, capacitação e emprego disponíveis a cinco grupos etários diferentes (menos de 15 anos a mais de 65 anos), como qualidade de escolas primárias, taxa de desemprego e treinamento no trabalho.
Para o Fórum Econômico Mundial, o capital humano de um país "pode ser um determinante mais importante para seu sucesso econômico de longo prazo do que virtualmente qualquer outro recurso". Isso se explica, diz a organização, pelo seu papel chave na produtividade, mas também no funcionamento das instituições políticas, sociais e cívicas das nações.
O índice de 2016 continuou a ser dominado por pequenas nações europeias, sobretudo países nórdicos e do chamado Benelux, como Bélgica e Holanda.
A Finlândia foi a líder do ranking que mede como os países constroem e mantêm seu potencial de capital humano. O país se beneficia de uma população jovem bem educada, da melhor educação primária e da maior taxa de ensino superior completo na faixa de 25 a 54 anos. Noruega e Suíça completaram o top 3.
Resultado brasileiro
Maior economia da América Latina e do Caribe, o Brasil ficou abaixo da média da região, com uma pontuação de 64.51 - o que significa que mais de 35% do capital humano do País continua subdesenvolvido.
Quem puxou o desempenho do País para baixo foi o preparo dos jovens de 0 a 14 anos, o 100º entre 130 países. Pesaram nesse sentido a chamada "taxa de sobrevivência em educação básica", a capacidade de o aluno sair bem preparado do ciclo primário de ensino (98º lugar), e a qualidade da educação primária (118º lugar).
Outro ponto negativo foi a percepção de empresários sobre a disponibilidade de mão de obra qualificada (114º lugar). 
O país teve melhor resultado em capacitação no emprego e taxa de ocupação para o grupo etário de 25 a 54 anos.
Os 24 países da América Latina/Caribe listados no estudo ficaram no meio do ranking, com uma pontuação média de 66.95, logo atrás da região do leste da Ásia e Pacífico. A diferença entre os países com melhor e pior desempenho da região é a mais baixa de todas - Chile (51º lugar) e Argentina (56º lugar), por exemplo, tiveram as mesmas qualidades e fraquezas.
"Em contraste, o Brasil acabou de alguma maneira atrás da média regional", diz o relatório. Como a África do Sul (88º lugar no ranking), o Brasil apresentou uma pequena diferença entre os níveis de aprendizado de pessoas com menos e mais de 25 anos - o que mostra ausência de melhora na educação entre gerações, aponta o texto.
Segundo o Fórum Econômico Mundial, aprimorar o capital humano é essencial diante de uma nova onda de inovação tecnológica - a chamada Quarta Revolução Industrial - que irá trazer grandes mudanças radiciais à indústria e ao mercado de trabalho nas próximas décadas.
A organização destaca que 25 mil pessoas irão entrar no mercado de trabalho por dia no mundo em desenvolvimento até 2020, e mais de 200 milhões de pessoas continuam sem emprego no planeta hoje. Ao mesmo tempo, estima-se para a próxima década um deficit de 50 milhões de trabalhadores de alta capacitação.
Ao identificar que cerca de 35% do capital humano global ainda não tem um tratamento digno, o relatório lembra que muitos sistemas educacionais pelo mundo estão desconectados das capacidades necessárias aos mercados de trabalho.
"Enquanto os sistemas de educação atuais buscam desenvolver qualidades cognitivas, qualidades não-cognitivas que se relacionam com a capacidade das pessoas de colaborar, inovar, autodirigir-se e resolver problemas são cada vez mais importantes", diz o relatório.
Nesse sentido, diz a organização, haverá desafios para todos: legisladores terão que desenvolver regras ágeis de governança para lidar com o crescente mercado de trabalho digital, governos deverão cumprir a promessa de usar tecnologia na educação e capacitação permanente e empresas precisarão repensar a atitude de ser apenas "consumidores" da mão de obra, atuando também cada vez mais em formação.
Fonte: Terra


Candidatos terão que ter 10% do quociente eleitoral para se eleger

O candidatos que vão  disputar uma vaga de vereador este ano em todo o país terão um obstáculo a mais: deverão atingir pelo menos 10% dos votos do quociente eleitoral. Em uma cidade como Teresina, onde 400 candidatos devem disputar as 29 vagas na Câmara Municipal, a concorrência promete ser ainda mais acirrada.
Para a capital, um candidato deverá obter pelo menos 1.500 votos para conseguir se eleger. "Essa medida tende a tornar mais compreensível o número de votos atribuídos para cada candidato, tornar mais legítimo em termo de representação. Será eleito aquele que mais representa, em termos de votos, aquela população", disse a especialista em direito eleitoral, advogada Georgia Nunes.
A mudança na legislação eleitoral foi aprovada em 2015 pelo Congresso Nacional durante a tramitação do  Projeto de Lei 74/2015, a chamada Reforma Política. 
"Para ter direito a uma cadeira, o candidato precisa ter 10% do que aquela cadeira precisa para ir para o partido", afirma 
Segundo ela, se o índice não for atingindo, a vaga será destinada para outro partido. "Se o partido nao tiver candidato que cumpra esse pedágio, requisito, o partido acaba perdendo essa cadeira e vai para a divisão das maiores médias", concluiu.
Hérlon Moraes
herlonmoraes@cidadeverde.com

Presidente do TJ chama comarcas de "engodo" e prevê economia de R$ 120 milhões

O presidente do Tribunal de Justiça do Piauí, desembargador Erivan Lopes, rebateu críticas sobre a extinção de comarcas no Piauí. Sem citar nomes, o magistrado chamou de 'opositores' as pessoas que são contra a medida, que deve otimizar a aplicação dos recursos do TJ-PI em cerca de 30%, o que corresponde a uma economia de R$ 120 milhões por ano.
"Essses recursos serão totalmente reinvestidos no sistema de Justiça. As pessoas criticam porque não conhecem o projeto e a realidade fática ou porque têm algum interesse pessoal envolvido. Quem critica é uma ou outra pessoa que será contrariada por interesse eleitoreiro, pessoal...Porém o interesse público tem que prevalecer. Digo isso, sinceramente e com o espírito aberto. Esse projeto não é meu...nasceu no CNJ, passou pelo Tribunal Pleno, pela Assembleia e pelo governador e só tem um objetivo: otimizar a aplicação das rendas do Tribunal. Todo mundo chora, reclama que o TJ-PI não tem recursos suficientes e por isso é preciso otimizar. Vamos desmascarar as coisas, tirar esse engodo", disse Lopes. 
O magistrado enfatiza que as comarcas que deverão ser agregadas, de fato, nunca foram unidades judiciárias e cita por exemplo as cidades de Curimatá e Redenção do Gurguéia. 
"As pessoas ficam enganando a população. Curimatá é uma comarca e há 12 anos não tem um juiz titular. Redenção do Gurguéia, nos últimos 14 anos, só teve juiz titular por um ano e dois meses. Eu posso continuar dizendo que isso é uma comarca? não. Então, isso é um engodo. Com essa agregação, vamos permitir que o cidadão vá até a sede da sua unidade judiciária e encontre, de fato, um juiz. Do contrário, isso é ficção", defende o magistrado. 
Ao Cidadeverde.com, o desembargador ressalta que, além da otimização na aplicação dos recursos do TJ, a agregação de comarcas possibilitará o barateamento dos valores dos processos, permitindo um incremento na prestação jurisdicional. "O jurisdicionado vai se dirigir a um fórum e vai encontrar um juiz, uma secretaria funcionando com todos os servidores, um oficial de justiça e até um promotor de justiça", ressalta. 

Erivan Lopes ressalta que o Ministério Público também está aderindo integralmente a extinção e agregação da comarcas. Objetivamente, deverão ser extintas as comarcas que, nos últimos três anos, não atingiram a distribuição da média estadual que é de 800 processo. "Vamos agregar três para dar uma", reitera.
O desembargador destaca que a população não sofrerá continuidade na prestação jurisdicional, uma vez que, em cada unidade jurisdicional será mantido um posto avançado de atendimento à população. "Só que o TJ não vai pagar três juízes, o Ministério Público não vai ter que pagar três promotores ou fazer como faz atualmente destacando um juiz da Capital, que tem um volume de 7 mil processos em andamento, aguardando a prestação jurisdicional, para responder por uma comarca no Sul do Estado, a mais de 900 km de distância, ganhando, o povo pagando substituição e diárias...isso encarece o processo", desabafa o magistrado.
O desembargador acrescenta que os recursos gerados com a agregação de comarcas serão investidos, por exemplo, na oferta de juízes e servidores onde há demanda. 
"Hoje temos mão de obra ociosa. O TJ-PI não pode se dar ao luxo de manter mão de obra ociosa ou de remunerar um único juiz duas vezes para responder por uma unidade judiciária onde o atendimento não está sendo satisfatório. Isso acontece quando pagamos a substituição e a diária para deslocamentos eventuais". 
A extinção e agregação de cerca de 11 comarcas no Estado ainda está em ampla discussão com todos os segmentos envolvidos entre estes OAB, Associação de Magistrados, Associação de Servidores, Ministério Público e o próprio parlamento. 
"A decisão caberá exclusivamente do Tribunal Pleno do Tribunal de Justiça do Piauí. O projeto foi retirado de pauta hoje (30) para que essa discussão seja concluída e apreciada no dia 11 de julho, em sessão exclusiva", finaliza. 

Graciane Sousa
gracianesousa@cidadeverde.com

Secretário de Fazenda alerta para risco no pagamento do 13º salário no estado

Secretário de Fazenda alerta para risco no pagamento do 13º salário no estado: Secretário de Fazenda alerta para risco no pagamento do 13º salário no estado

Nota Piauiense realizou o 10º sorteio e divulga ganhador de R$ 50 mil e 20 mil

Nota Piauiense realizou o 10º sorteio e divulga ganhador de R$ 50 mil e 20 mil: Nota Piauiense realizou o 10º sorteio e divulga ganhador de R$ 50 mil e 20 mil

Balcão do Trabalhador realizará workshops em Teresina

O Balcão do Trabalhador irá realizar nesse mês de julho dois workshops para ajudar quem está buscando espaço no mercado de trabalho. O primeiro irá acontecer na próxima segunda-feira, 04, sendo gratuito e aberto à toda a população. Para assisti-lo, os interessados devem se inscrever no Balcão localizado na Rua Firmino Pires, 379, Ed. Saraiva Center, no horário entre 07h30 às 13h30.

O Balcão realiza mensalmente essas palestras, que são ministradas pela Psicóloga Ana Rosa Carvalho. Com duas horas de duração, são expostas várias situações comuns tanto de quem está procurando emprego e quanto daqueles que já estão empregados. São dadas diversas dicas de como preparar o currículo, deixando-o mais atrativo, comportamento durante as entrevistas, relações com os demais colegas de trabalho e cuidados com as redes sociais.

Esse último é visto com grande importância pela psicóloga, pois muitas empresas buscam os perfis dos candidatos nessas redes antes de contratá-los. “Devemos ter cuidado com a forma que usamos nossas redes sociais, pois postagens indevidas podem nos prejudicar no futuro em alguma seleção de emprego ou até quem já esteja empregado, dependo do caso”, declara Ana Rosa.

As palestras são gratuitas e irão acontecer o auditório do IMPT, localizado ao lado do Balcão do Trabalhador. Vale reforçar que para assistir o workshop, os interessados deverão fazer a inscrição antecipadamente. Para aqueles que não tiverem disponibilidade na data, dia 18 de julho será novamente realizado o workshop, também de forma gratuita, no mesmo local. Para maiores informações basta ligar para o Balcão através do número 3215-7814.

PIS/Pasep só pode ser sacado até hoje (30) 30/06/16, 10:31

Hoje é o último dia para o trabalhador sacar o abono salarial do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep). Até a última segunda-feira (27), 1,4 milhão de trabalhadores ainda não haviam sacado o benefício, de acordo com o Ministério do Trabalho. No Piauí, cerca de 7 mil pessoas que têm direito ao benefício ainda não solicitaram o saque. 
Equivalente a um salário-mínimo (R$ 880), o benefício é pago a empregados que tenham trabalhado com carteira assinada por pelo menos 30 dias em 2014 e tenham recebido até dois salários mínimos por mês nesse período. O trabalhador também precisa estar cadastrado no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos e ter tido os dados informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais). Os recursos não sacados retornam ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

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