segunda-feira, 13 de abril de 2015

Redes Poti e GigaPiauí começam a ser implantadas; velocidade chega até 1gb

O governador Wellington Dias garante que uma das metas da sua gestão será a modernização do Estado, através da ampliação do sistema de internet banda larga, que permitirá que o Piauí ingresse em definitivo na área da telemedicina e levará o ensino a distância a todas as escolas estaduais. Nesse sentido, já existem dois projetos em andamento: a Rede Poti, de Desenvolvimento Institucional; e o projeto GigaPiauí, uma plataforma de transmissão de dados de alta velocidade.
A Rede Poti, cujo nome se dá em alusão ao rio homônimo que corta a cidade, é uma rede de fibra ótica que engloba a região metropolitana de Teresina. É fruto do projetonacional fomentado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) para a construção de Redes Comunitárias de Educação e Pesquisa (Redecomep) em cada capital brasileira.
Algumas instituições do Estado celebraram um convênio entre si para a manutenção da rede, que interliga estas entidades facilitando uma cooperação administrativa e técnico-científica. O convênio conta com a participação do Governo do Estado do Piauí, Universidade Federal do Piauí (UFPI), Instituto Federal de Educação do Piauí (IFPI), Universidade Estadual do Piauí (Uespi), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapepi), Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuária (Embrapa Meio-Norte) e a Fundação Cultural de Fomento à Pesquisa, Ensino e Extensão (Fadex). A iniciativa conta ainda com a parceria da Eletrobras Distribuição Piauí para a permuta de infraestrutura; a empresa cedeu seus postes para passagens de cabos ópticos em troca da utilização de um par de fibras óticas.
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A rede destaca-se por contar com, aproximadamente, 62 quilômetros de cabos de fibras óticas, autossustentados; que interligam as principais instituições públicas de ensino e pesquisa local ao Ponto de Presença (PoP-PI) da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) no Piauí, abrigado na sede da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi).
A tecnologia ótica é utilizada para interligar com velocidades de 1GBps as instituições partícipes, com a possibilidade de ampliar esta capacidade de forma ilimitada futuramente. Além disso, apresenta formato em anel, o que a torna mais tolerável a falhas; em caso de ruptura de um enlace de fibra, o tráfego de dados corre pelo outro lado do anel.
Segundo Madson Santos, coordenador técnico do PoP-PI, “a rede consiste de uma infraestrutura de fibras óticas própria, ou seja, é independente de operadora de telecomunicações para interligação dos pontos e/ou sedes dos partícipes aqui em Teresina”. Madson revela que o principal benefício é a velocidade de 1 gigabits por segundo para acesso à internet, assim como o uso de aplicativos em tempo real e a alta velocidade para o uso de ferramentas de videoconferência, telepresença, vídeos em alta definição e procedimentos de acesso remoto.
Madson Santos explica que o custo financeiro para as instituições participantes é consideravelmente reduzido quando comparado com operadoras de telecomunicações. “Por exemplo, algumas operadoras comercializam a velocidade de 1 Gbps por um valor médio de R$80 mil por mês, enquanto para uma instituição participante este valor cai aproximadamente para R$2 mil por mês. Então, é indiscutível quando se fala em valores, pois a economia de recursos é gigantesca, e esse montante extra pode ser aproveitado para outros investimentos como treinamento da equipe, adesão de novos equipamentos, expansão da rede, etc”, frisa o coordenador.
No intuito de cumprir com seus objetivos de interconexão pública e inclusão digital, a Agência de Tecnologia da Informação do Estado do Piauí (ATI) desenvolveu o Projeto de Implantação de uma Rede Ótica Estadual - Rede GigaPiauí. Para isso, a rede utiliza a infraestrutura da Rede Poti, por meio do uso de dois canais de comunicação para interligação de 75 pontos governamentais com velocidades entre 1 e 10Gbps. “Isso gerou economia e poder de gerar maior rapidez no processamento do elevado volume de dados que o Governo do Estado possui, por exemplo, os da Secretaria da Fazenda e do Departamento Nacional de Trânsito (Detran-PI)”, declara Richardson Santos, analista de suporte da Rede de Computadores da ATI.
O projeto GigaPiauí é parte do Programa Piauí Estado Digital, servindo como ponto principal de interligação entre a ATI, instituições estaduais e torres de comunicação wireless; oferecendo velocidade de acesso suficiente para que se tenha uma melhor qualidade dos serviços tecnológicos prestados ao cidadão.
Richardson afirma que o projeto está orçado em mais de R$3 milhões e está sendo executado em etapas. A primeira etapa, que consiste na implantação da rede física de fibra ótica, já está 95% concluída. A segunda etapa, que conta com a instalação dos equipamentos de comunicação, já alcançou 70% de execução e estão sendo concluídas as implantações físicas e configurações dos equipamentos dentro dos pontos contemplados que já estão com a rede de fibra terminada e executando a ativação da comunicação. E a terceira, implantação dos no-breaks; cuja instalação pela equipe técnica da ATI, para estabilização elétrica, já chega aos 60% executados.
Os pontos, inicialmente, contemplados pela Rede GigaPiauí são a ATI, Detran-PI, Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hidrícos (Semar), Secretaria de Governo, Secretaria da Administração, Secretaria da Defesa Civil, Secretaria do Turismo, Secretaria da Educação, Secretaria da Fazenda, Espaço Cidadania, Secretaria de Infraestrutura e Hospital Getúlio Vargas.
PROJETO PILOTO EM BANDA LARGA
O ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, garantiu a inclusão dos estados do Piauí e Maranhão no projeto piloto de banda larga do Governo Federal. O Brasil tem uma meta de implantar banda larga em todos os municípios até o ano de 2020. De acordo com o governador do Piauí, o objetivo é formalizar uma parceria com o Ministério das Comunicações para antecipar essa meta para até 2017. Para isso, serão feitos investimentos de cerca de R$70 milhões, com contrapartida da União (90%) e Estado (10%), em obras de fibra ótica.
Esse investimento garantirá ao povo piauiense a universalização do acesso à banda larga. "Isso significa maior velocidade na comunicação para os bancos, comércio, e principalmente para a educação a distância, educação tecnológica (Pronatec), Universidade Aberta do Brasil. É importante ainda para termos um sistema de saúde moderno, com a telemedicina", enfatiza o governador.


Fonte: Com informações da CCom
Publicado Por: Apoliana Oliveira

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