quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Ms criam movimento Polícia Legal, Tolerância Zero e ameaçam parar nesta quarta (10)

Manifestação no Teatro de Arena reuniu PMs e bombeiros militares na manhã desta terça-feira, 9. Eles querem reajuste no valor das diárias, do tiquet-alimentação, além de melhores condições de trabalho, estrutura física e isonomia salarial entre os policias militares e civis.
A manifestação foi liderada pelas “Associações Reunidas dos Policiais Militares do Piauí”, que deflagram o Movimento Polícia Legal,Tolerância Zero para exigir do governo do Estado a solução dos problemas que a PM enfrenta com falta de equipamentos e de condições adequadas de trabalho.
O assalto ocorrido na sexta-feira, 5, no Renascença II, quando o soldado Paulo Barbosa de Mesquisa, de 35 anos, foi baleado na cabeça, vindo a morrer no domingo, contribuiu para a deflagração do movimento. Os PMs ameaçam deixar de atender a ocorrências se não tiverem condições para tal. O Ministério Público está apoiando.
O presidente da Associação dos Oficiais, capitão Evandro Rodrigues, reclama que não existe uma política de segurança pública no Piauí. Sobre o assalto ocorrido no Renascença II, Evandro disse que “quando se manda um policial militar em uma moto para um assalto desses é porque não se tem respeito pela vida desse cidadão. Deveria haver um plano estratégico. O policial vai coibir um assalto desses porque ele é um herói”.
O  presidente da Associação dos Bombeiros, tenente Flaubert Rocha, referiu-se à polícia paulista, que conta com homens armados à altura de enfrentar bandidos de alta periculosidade, como os que arrombam e estouram caixas eletrônicos. “Em São Paulo, quando de um assalto a caixas eletrônicos, nenhum policial foi ferido, mas seis bandidos tombaram”, lembrou. “No Piauí, vários assaltantes e apenas dois policiais motociclistas. O policial militar precisa ser valorizado, ter um bom salário, equipamento, material, condições de trabalho”, reivindicou.
O soldado, segundo as lideranças dos policiais, não tem condições nem de pagar um plano de saúde para si e para a família. Se ele contratar algum plano vai faltar alimentação na sua casa.
A presidente da Abenpi (Associação Beneficente dos Policiais Militares do Estado do Piauí), soldado Marcioneide Barbosa, também lamentou as condições de trabalho dos PMs piauienses. Ela exaltou a coragem e o heroísmo do soldado Paulo Barbosa de Mesquita que “não pensou em si, nem na possibilidade de ser alvejado como foi, mas no seu dever, com a intenção de prevenir um dano maior”.
Ela diz que a Polícia deve valorizar a vida do profissional militar. “É preciso ter cautela até ao transmitir uma mensagem sobre assalto, tendo cuidado com os detalhes, saber quantas pessoas estão envolvidas, que armas estão utilizando e a polícia se preparar melhor. Neste caso, a área deveria ter sido fechada com várias viaturas porque nós temos policiais qualificados para este tipo de ocorrência, mas não apareceram. Dois policiais de moto não poderiam fazer nada”, reclamou.
Os policiais não reivindicam só salários dignos, mas aquisição de equipamentos de qualidade, fardamento, armamento adequado, armas não letais, viaturas com condições de trafegar etc. “Com o movimento, que é apoiado pelo Ministério Público, se a viatura, por exemplo, não tiver condições de trafegar, nós não vamos deixar ela sair do quartel”, avisou.
O PM só vai atender a uma ocorrência se tiver condições operacionais para tanto, se estiver protegido com coletes, armamentos e viaturas adequadas e com suas carteiras de habilitações.
Se o governo não atender às reivindicações dos policiais, não quiser dialogar, em último caso, eles vão paralisar a partir desta quarta 10/08. 
Fonte: abecspi.blogspot.com

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