quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Deputada quer evitar que coca use nome Cajuína

(04/08/2011, às 13:15:39)
A deputada Flora Izabel (PT) fez nesta quinta-feira pronunciamento contra o uso do nome Cajuína pela Coca-Cola em seu novo refrigerante, o Crush Cajuína, e pedirá ação na Justiça. Ela afirmou que a multinacional decidiu tomar para si a Cajuína ao perceber que consumo do produto está ligado diretamente à cultura dos piauienses.
Ele afirma que a Cajuína é reconhecida por lei como um patrimônio do povo piauiense. Segundo ela, o Decreto Nº 13.068, DE 15 DE MAIO DE 2008 declara de relevante interesse cultural o modo de fazer tradicional da Cajuína do Piauí.
“Esse decreto tem mais que o peso de uma patente, já que define o modo de produção da cajuína e resguarda o interesse de todo o povo piauiense. Por isso, estamos pedindo uma mobilização geral contra esta atitude da Coca-Cola.
Segundo Flora, a multinacional não tem o direito de tomar para si a identidade cultural do Piauí para ganhar dinheiro. Assim, segundo Flora, a empresa está agindo com falsidade ideológica.
Flora afirmou que ao lançar um refrigerante com o nome de Cajuína, feito com água, açúcar e um pouquinha de caju e guaraná, vai inviabilizar a produção da Cajuína tradicional, levará pequenos produtos à falência, vai desestabilizar o mercado e causará grandes prejuízos à cadeira produtiva da cajucultura. “Além disso, a Coca-Cola pode depois proibir os agricultores familiares de usar a marca Cajuína em seus produtos e cobrar royalties pelo uso”, observou Flora.
A parlamentar lembrou que em 2008, uma empresa alemã registrou a rapadura como se fosse um produto da Alemanha. Neste caso foi patenteado um símbolo da cultura brasileira, como a Coca-Cola está fazendo com a Cajuína. No caso da rapadura, os exportadores brasileiros do produto seriam obrigados a pagar royalties à Rapunzel alemã pelo uso da marca registrada.
Flora disse que o refrigerante será muito mais barato que a Cajuína, porém sem qualquer valor nutricional. Por ser barato, muitos poderão deixar a cajuína tradicional pela cajuína da Coca-Cola.
“Mas será um equívoco. O preço da cajuína deve ser comparado com o preço do suco de uva, por exemplo, e não com o preço de refrigerante. Na comparação com o suco de uva, a Cajuína sai ganhando. Tem preço até menor e o mesmo valor nutricional”, comentou Flora Izabel.

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