segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Políticos do Piauí comentam resultado da 1ª pesquisa após a morte de Campos

Políticos piauienses comentaram nesta tarde, em entrevista a O DIA, o resultado da primeira pesquisa de intenções de voto para a Presidência da República divulgada no País após o acidente aéreo que culminou com a morte de Eduardo Campos (PSB), ex-governador de Pernambuco.
O levantamento, feito pelo Instituto Datafolha, mostra Dilma Rousseff (PT) com 36% das intenções de voto, seguida pela ex-senadora Marina Silva (PSB), com 21%, e pelo senador Aécio Neves (PSDB), com 20%.
Num eventual segundo turno entre Marina e Dilma, a virtual candidata do PSB aparece com 47% das intenções de voto, à frente da presidenta Dilma, que alcança 43%. Apesar da vantagem da ex-senadora, fica configurado um empate técnico dentro da margem de erro, de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Por outro lado, caso o confronto na segunda etapa da eleição seja entre Dilma e Aécio, o levantamento indica que a presidenta seria reeleita com 47% dos votos, enquanto o tucano ficaria com 39%.
A presidente do diretório regional do PT no Piauí, Regina Souza, reconhece que a substituição de Eduardo Campos por Marina Silva na disputa presidencial exigirá um esforço ainda maior dos petistas e dos partidos aliados em busca da reeleição de Dilma. No entanto, Regina afirma que o resultado da pesquisa não foi uma grande surpresa, tendo em vista que Marina já aparecia na casa dos 20% até setembro ano passado, antes de a Justiça Eleitoral negar o registro do seu partido, a Rede Sustentabilidade. "Acho que é natural a Marina crescer, pela comoção nacional com a morte do Eduardo. Além do que ela já tinha mesmo mais intenções de votos que ele. Uma boa parte da mídia tradicional insuflou o PSB a indicar a Marina. Ainda não teve nem o anúncio o oficial do nome dela, apesar de que a gente já sabe que ela vai ser a candidata. Isso é motivo pra gente trabalhar mais. Toda eleição é perigosa, a gente luta pra vencer e não se pode escolher adversário", comenta a presidente do PT no Piauí.
O vereador Rodrigo Martins, presidente do diretório do PSB em Teresina, também comentou os números da pesquisa Datafolha. Segundo o parlamentar, o levantamento foi recebido com entusiasmo pela direção e pelos militantes do PSB no Estado. "Nós consideramos positiva essa pesquisa, apesar de ainda estarmos abalados com a morte do Eduardo, que era o presidente nacional do nosso partido. O resultado desse levantamento mostra o potencial da Marina, que pode crescer ainda mais nas próximas semanas de campanha", afirma Rodrigo.
O vereador acrescenta que o PSB do Piauí apoia o nome da ex-senadora como substituta de Eduardo Campos, embora não tenha uma posição "impositiva" em relação a esta decisão, que será anunciada oficialmente pela Executiva nacional do partido na próxima quarta-feira (20).
Outro que também comentou a pesquisa divulgada nesta segunda-feira pelo Instituto Datafolha foi o ex-prefeito Silvio Mendes (PSDB), candidato a vice na chapa encabeçada pelo governador Moraes Souza Filho (PMDB). 
Como Regina Souza, Silvio também considera que o resultado do levantamento ficou dentro do que se previa. "A tendência é a Dilma cair, tanto pela situação do País quanto pelo atual debate político. Por outro lado, a Marina Silva empatou com o Aécio por dois fatores. Primeiro porque já foi candidata à Presidência da República nas eleições passadas, e também por conta da comoção com a morte do Eduardo Campos [...] O Aécio é menos conhecido no País que essas duas candidatas, mas no decorrer da campanha, à medida que ele ficar mais conhecido entre os eleitores, é provável que se tenha uma maior proximidade entre os três principais candidatos", opina Silvio.
O ex-prefeito também diz não temer que o crescimento da ex-senadora Marina Silva possa prejudicar a candidatura do senador mineiro. "O que a população decidir nós esperamos que seja o melhor para o País", acrescenta.
Dados da pesquisa Datafolha
O Instituto Datafolha ouviu 2.843 eleitores em 176 municípios, nos dois dias que sucederam a morte de Eduardo Campos, 14 e 15 de agosto.
A margem de erro do levantamento é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Isso significa que, se forem realizados 100 levantamentos, em 95 deles os resultados estariam dentro da margem de erro de dois pontos.
A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-00386/2014.

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