PROGRAMA TERIA SIDO MUDADO em cima da hora para ficar parecido com o de Zé Filho
O comunicador José Abelardo Barbosa de Medeiros, o ‘Chacrinha’, costumava dizer que “na televisão, nada se cria, tudo se copia”. Algo questionável. Mas isso foi justamente o que ocorreu no programa eleitoral do candidato Wellington Dias (PT) exibido no início da tarde desta quarta-feira (27) durante o horário gratuito.
Percebendo que perdia na forma e no conteúdo, a SA Propaganda do publicitário Siqueira Campos resolveu chupar o máximo possível as ideias trazidas pela equipe de Duda Mendonça. A agência de Siqueira Campos está procurando transformar o ‘oba oba’ levado ao ar em algo com mais impacto, que influencie o eleitorado. O problema é que optou pelo caminho errado.
O que está sendo feito pela equipe de Duda Mendonça é justamente o que chegou a dizer certa vez um de seus experientes membros, o jornalista Dante Matiussi: “nós fazemos o óbvio”. No entanto, um “óbvio” balizado, consciente, fundamentado em pesquisas qualitativas, em trabalho, testes e dedicação. As cores foram pensadas, a arte gráfica preparada para um candidato que não era conhecido, o discurso readaptado e orientado. Não há nada fora do lugar. E é tudo original.
MAIS DO MESMO
Do outro lado, porém, se constata um planejamento primário que está ficando evidente. Desde o segundo programa de Wellington Dias, levado ao ar semana passada, se percebeu que as cores presentes no material apresentado descaracterizava o Partido dos Trabalhadores. A agência decidiu abandonar quase que completamente as cores do PT. Ela passou a usar cores com tonalidades – amarelo e verde - semelhantes à propaganda eleitoral do candidato Zé Filho (PMDB)
Percebendo que perdia na forma e no conteúdo, a SA Propaganda do publicitário Siqueira Campos resolveu chupar o máximo possível as ideias trazidas pela equipe de Duda Mendonça. A agência de Siqueira Campos está procurando transformar o ‘oba oba’ levado ao ar em algo com mais impacto, que influencie o eleitorado. O problema é que optou pelo caminho errado.
O que está sendo feito pela equipe de Duda Mendonça é justamente o que chegou a dizer certa vez um de seus experientes membros, o jornalista Dante Matiussi: “nós fazemos o óbvio”. No entanto, um “óbvio” balizado, consciente, fundamentado em pesquisas qualitativas, em trabalho, testes e dedicação. As cores foram pensadas, a arte gráfica preparada para um candidato que não era conhecido, o discurso readaptado e orientado. Não há nada fora do lugar. E é tudo original.
MAIS DO MESMO
Do outro lado, porém, se constata um planejamento primário que está ficando evidente. Desde o segundo programa de Wellington Dias, levado ao ar semana passada, se percebeu que as cores presentes no material apresentado descaracterizava o Partido dos Trabalhadores. A agência decidiu abandonar quase que completamente as cores do PT. Ela passou a usar cores com tonalidades – amarelo e verde - semelhantes à propaganda eleitoral do candidato Zé Filho (PMDB)
Vermelho do PT foi praticamente abandonado na propaganda de Wellington
É certo que o PT, devido ao desgaste com o mensalão, optou por perder sua identidade visual na campanha nacional. O site da presidente Dilma Rousseff, por exemplo, é um show de cores, abandonando o vermelho típico da sigla. Aquele mesmo vermelho usado na campanha de Luiz Inácio Lula da Silva em 2001.
A investida naquela ocasião foi na criação do mote “Lula, Paz e Amor” e não no abandono da identidade do partido, que era associado à agressividade, à radicalidade, à bagunça. Ainda assim, e mesmo havendo a necessidade de desconstruir o antigo Lula e criar um novo, as cores do Partido dos Trabalhadores foram mantidas. Não foi preciso se afastar da história do partido, muito menos ter vergonha da sigla.
A investida naquela ocasião foi na criação do mote “Lula, Paz e Amor” e não no abandono da identidade do partido, que era associado à agressividade, à radicalidade, à bagunça. Ainda assim, e mesmo havendo a necessidade de desconstruir o antigo Lula e criar um novo, as cores do Partido dos Trabalhadores foram mantidas. Não foi preciso se afastar da história do partido, muito menos ter vergonha da sigla.
Programa está mais didático e com propostas mais claras ao eleitor
O que se vê no Piauí, porém, é bem mais do que um simples abandono da cor. Porque além de se distanciarem do vermelho, a agência contratada por Wellington Dias resolveu copiar escancaradamente e sem constrangimento algum a forma como são apresentadas as propostas do candidato petista. Até o terceiro programa de Wellington Dias essas propostas não existiam e quando passaram a existir elas surgiram de forma tímida, não compreensíveis.
ERRO DA SA, DE SIQUEIRA CAMPOS, DEIXA EVIDENTE A ‘CHUPADA’
Para comprovar o que se sustenta, a agência de Siqueira Campos deu sua colaboração com uma gafe primária. Preparou um programa para ir ao ar nesta quarta e modificou na última hora. Postou no site o formado original e exibiu na TV um outro. Justamente aquele em que chupou de forma questionável a proposta trazida pela equipe de Duda.
ERRO DA SA, DE SIQUEIRA CAMPOS, DEIXA EVIDENTE A ‘CHUPADA’
Para comprovar o que se sustenta, a agência de Siqueira Campos deu sua colaboração com uma gafe primária. Preparou um programa para ir ao ar nesta quarta e modificou na última hora. Postou no site o formado original e exibiu na TV um outro. Justamente aquele em que chupou de forma questionável a proposta trazida pela equipe de Duda.
PROGRAMA EM SEU FORMATO ORIGINAL
No programa clone há a apresentação de propostas semelhantes na forma às lançadas ao público através do programa de Zé Filho. Isso é evidente no tempo 4’48’’ de ambos os vídeos disponibilizados nesta matéria.
Imagens do debate foram inseridas no lugar de imagens sobre feitos de W.Dias.
No programa original, a apresentação de informações sobre o que Wellington Dias diz ter feito na área de ensino médio e o que fará em todo a integralidade do ensino é mal feita. Passa despercebida.
Em dado momento do vídeo, Wellington conversa com estudante que diz ter tido a vida transformada por Wellington
No outro, no programa com a ‘chupada’, ela permanece, mas a parte propositiva é mais bem trabalhada, com desenhos movimentados, explicadas aos moldes do material de Duda Mendonça e exibida como se fosse uma idéia original. Nesse ponto, após os 4’48” de exibição, o programa é acrescido do “Como Fazer”, rico em artes e em detalhes, predominando as cores verde e amarela.
PROGRAMA QUE FOI AO AR NESTA TARDE
NÃO É ESSE, É O OUTRO
Menos de uma hora depois do programa ir ao ar, a SA Propaganda percebeu o erro e substituiu no site do candidato a ‘versão’ pelo material exibido na TV.
Menos de uma hora depois do programa ir ao ar, a SA Propaganda percebeu o erro e substituiu no site do candidato a ‘versão’ pelo material exibido na TV.
Um pouco de pesquisa sobre a história de Duda e o da de sua equipe seria suficiente para perceber que quando entram numa campanha, entram planejados com antecedência. E embora tudo pareça já traçado, são preparados para lhe dar com adversários que se utilizam desse artifício: a cópia de idéias.
A equipe de Duda já é acostumada a deixar nos estados e países por onde passam seu know how, advindo de uma forma diferente de trabalho, de uma forma diferente de apresentar seus programas em forma e conteúdo. Entretanto, se precisar retornar a esses lugares sempre tentarão se superar e fazer melhor ... de forma original.
COMO A SA PROPAGANDA QUER SER CONHECIDA?
Nesse aspecto, a SA Propaganda, que ao optar por copiar decidiu ‘aprender’ a fazer programa eleitoral – além de reconhecer de público que vinha fazendo errado, ainda que o “óbvio”, precisa se questionar se ao final deste pleito quer ser vista somente como uma agência que para se manter no páreo recorreu a recursos outros que não os éticos, ou se quer ser uma agência que enfrentou adversários renomados, mas que não deixou a desejar.
Esperando acreditar que os profissionais da SA Propaganda assim procederam por influências externas – embora se tenha informação internas que dizem o contrário, é válido ressaltar que a equipe de Duda Mendonça não padece nem sofre com pressões outras. Fazem o que fazem porque sabem o que fazem. E condenam aquilo que vai de encontro às suas convicções.
COMO A SA PROPAGANDA QUER SER CONHECIDA?
Nesse aspecto, a SA Propaganda, que ao optar por copiar decidiu ‘aprender’ a fazer programa eleitoral – além de reconhecer de público que vinha fazendo errado, ainda que o “óbvio”, precisa se questionar se ao final deste pleito quer ser vista somente como uma agência que para se manter no páreo recorreu a recursos outros que não os éticos, ou se quer ser uma agência que enfrentou adversários renomados, mas que não deixou a desejar.
Esperando acreditar que os profissionais da SA Propaganda assim procederam por influências externas – embora se tenha informação internas que dizem o contrário, é válido ressaltar que a equipe de Duda Mendonça não padece nem sofre com pressões outras. Fazem o que fazem porque sabem o que fazem. E condenam aquilo que vai de encontro às suas convicções.
Repórter: Rômulo Rocha
Publicado Por: Apoliana Oliveira
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