quinta-feira, 27 de agosto de 2015

W. Dias recebe prefeitos no Karnak após protesto e pede 'compreensão'

Ao chegar no Palácio de Karnak, após a passeada em protesto que saiu da Assembleia Legislativa, o grupo de mais de 150 prefeitos foi recebido na manhã desta quinta-feira (27/08) pelo governador Wellington Dias, que já os aguardava do lado de fora do prédio sede do poder executivo.
Usando um microfone, com a ajuda de alto falantes, o governador defendeu a união dos prefeitos e disse que o momento é de buscar soluções para enfrentar a crise. “Como governador, vejo que está correto esta união dos municípios para o enfrentamento deste momento atual. Quero afirmar o nosso compromisso de estarmos juntos com os municípios para buscar alternativas”, disse.
Um dos pleitos levantados por Dias foi a questão dos royalties do petróleo, debatida inclusive na última visita ao Piauí feita pelo ministro Ricardo Lewandowski. “Semana passada o ministro Lewandowski esteve aqui em Teresina, junto com a APPM entregamos a ele um pleito do estado e dos municípios para que seja putada a votação dos royalties de participação especial. Ele nos orientou para que nós pudessemos tratar com a ministra Carmem Lúcia, que é a relatora, não só para pedir que ela apresentasse a pauta para votação, mas também por conta do cuidado em não desequilibrar estados como o Rio de Janeiro e Espirito Santo. Enfim, estivemos com a ministra e a proposta que ela tem em seu projeto preserva a receita que Rio e Espírito Santo já recebem, mas nos coloca a mudança, e que tem tudo para a gente ter aprovação no supremo”.
Pedindo paciência para os gestores municipais, Dias aconselhou que os municípios se esforcem em fazer reservas financeiras para sustentar os meses de maior crise com a queda nos repasses do FPM. “Uma outra medida que estamos tratando, e da qual vocês sabem bem, é que para quem tem dependência do Fundo de Participação os meses de julho a setembro é o pior momento. Então, o que a gente faz, tentamos fazer reserva no primeiro semestre para suportar esse período. Então o que peço é a compreensão”, afirmou.
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Atualizada às 10h24
Ao menos 150 prefeitos estiveram reunidos na manhã desta quinta-feira (27/08) no Cinetreatro da Assembleia Legislativa do Piauí com representantes do parlamento estadual para apresentar uma carta municipalista. No texto eles reivindicam maior apoio do governo do Estado frente às dificuldades enfrentadas nos últimos meses em decorrência da queda nos repasses do Fundo de Participação do Município, financiado pelo Governo Federal.
Na carta, ao falar de crise, os prefeitos ameaçam fechar prefeituras por falência a exemplo do que aconteceu em estados como Minas Gerais, Ceará e Mato Grosso. "O Piauí não poderia ficar de fora", diz a carta.
Segundo o presidente da Associação Piauiense de Municípios, prefeito Arinaldo Leal, de Vila Nova do Piauí, entre as principais queixas estão a regularização dos repasses para merenda e transporte escolar, adequado financiamento do atendimento de saúde, e ainda, dos débitos com a Eletrobras, "que corta a energia das prefeituras, mas não oferece um serviço de qualidade", diz.
“Nós só recebemos R$ 0,30 para a merenda escolar, e eu acho que qualquer pessoa, não precisa ser economista, sabe que com esse dinheiro não se dá uma alimentação adequada a uma criança, a um adolescente, sem falar nos atrasos do repasse para o transporte escolar”, disse o prefeito durante seu discurso aos parlamentares.

Em relação aos problemas com a saúde, Arinaldo se queixa da falta de assistência do estado e reclama que muitos municípios tem de assumir responsabilidades que não são suas. “Temos que prestar um serviço que não é nossa obrigação, ficamos fazendo as vezes do estado ou da União. Na maioria dos municípios temos que pagar a realização de cirurgias eletivas, que é obrigação do SUS através do Estado”, afirma.
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O prefeito pede ainda o apoio do governo do Estado no diálogo com a Secretaria Nacional de Defesa Civil para que possam haver ações efetivas em apoio aos mais de 160 municípios em estado de emergência no Piauí.
O deputado Themístocles Filho, presidente da Alepi, acompanhou a reunião com os prefeitos. “Temos certeza que as prefeituras tem problemas na área da educação, na área da saúde, porque o governo federal diz que quem paga é ele. E é quem paga mesmo, e acabou. Se os prefeitos não dizem nada… É importante esta mobilização”, disse.

Após a reunião com os deputados, os prefeitos saíram em caminhada pela avenida Frei Serafim até o Palácio de Karnak, onde pleiteiam uma audiência com o governador Wellington Dias.
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REPÓRTER: Bruna Veloso - Direto da Alepi
Publicado Por: Apoliana Oliveira

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