terça-feira, 12 de maio de 2015

CRISE NO SERVIÇO PÚBLICO PODE ESTA APENAS NO COMEÇO.

Governo pede calma para negociar reajustes


Por Luciano Coelho

O governador Wellington Dias afirmou que vai fazer o possível para conceder reajustes para os servidores. Mas tudo será negociado e parcelado. As negociações começam a partir desta terça-feira(12) com a equipe econômica que apresentará o relatório financeiro com os valores que o Governo poderá negociar com as categorias. “Não vamos fazer nenhum acordo que não possamos cumprir”, assegurou o governador.

O secretário de Administração, Franzé Silva (foto), é que está encarregado de entabular as conversas com os servidores. Ele disse que o dialogo é necessário para evitar paralisações nos serviços públicos e gerar ainda mais problemas para o Estado, para os próprios servidores e para a população.



O governador Wellington Dias disse que tudo será feito de acordo com o possível, de acordo com o fluxo de caixa, para que o Estado não extrapole a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e fique impossibilitado de firmar convênios com o governo federal e realizar operações de créditos para fazer investimentos e fazer a economia girar no Estado. “Não podemos matar a galinha dos ovos de ouro. Temos que fazer tudo com base no dialogo e com transparência mostrando o que podemos e o que não podemos fazer. Não vamos fazer acordos que não possamos cumprir”, advertiu o governador.

"Sabemos que devemos cumprir a lei em favor do servidor, que fica na expectativa de um aumento. Apesar de as concessões de planos e cargos foram feitas sem estabelecer um parâmetro com a situação econômica do Estado”, justificou o secretário de Administração, dizendo que o governo vai honrar os compromissos firmados.

Wellington e Franzé pediram que os servidores tenham compreensão, para que, uma pressão por reajuste não resulte em bloqueio de recursos para o Estado, porque se extrapolar os limites da LRF, o estado deixa de receber convênios e operações de crédito. "O Piauí não pode retroceder. Acreditamos na necessidade de um pacto. Não podemos ter uma insegurança no Estado. No que for possível, o Estado aumentará", disse Franzé Silva, de modo a evitar as paralisações.

Secretários devem negociar com cada categoria


Os secretários iniciarão o processo de diálogo com os servidores em cada pasta para as negociações com o governo. Mas os agentes penitenciários realizaram uma assembléia geral e aprovaram um indicativo de greve para iniciar uma paralisação a partir de quarta (13). O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado João de Deus Sousa (PT), garantiu que o Estado vai cumprir todas as leis relativas a planos de cargos e salários, como também o reenquadramento de servidores.

João de Deus negou que o governo vá descumprir ou revogar alguma lei. Contudo, por conta da crise financeira, o estado irá negociar com cada categoria separadamente, para que não volte a ultrapassar o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Uma comissão de policiais militares também visitarem a Assembleia alegando que tiveram um plano de reajuste escalonado, mas os valores não vêm sendo cumpridos. O aumento foi concedido depois de uma paralisação realizada em 2011. Eles foram a Assembleia para cobrar o cumprimento do reajuste previsto para este mês.

O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Vilobaldo Carvalho, disse que caso não haja avanço também nas negociações da categoria deles, a greve será deflagrada. O sindicato dos Delegados, presidido pela delegada Andréia Magalhães, convocou uma assembléia geral para o dia 15 com indicativo de greve, para deliberar sobre reajustes salariais e acumulação de funções.

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