sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Professores recorrem ao Ministério Público Federal para receber salários atrasados no Piauí

A denúncia da falta de pagamento foi protocolada na manhã de quinta-feira (24) na Procuradoria da República, no centro de Teresina pelo sindicado que representa a categoria.

DA REDAÇÃO
Após buscar o Tribunal de Justiça do Piauí para receber salários atrasados, professores da rede municipal de Riacho Frio, localizado a 900 quilômetros de Teresina, (Piauí) recorreram agora ao Ministério Público Federal. A denúncia da falta de pagamento foi protocolada na manhã de quinta-feira (24) na Procuradoria da República no Piauí, no centro de Teresina, pelo Sindicato dos Professores Municipais do Extremo Sul do Piauí (Sinprosul), que representa 12 municípios da região, incluindo Riacho Frio.

O documento entregue ao Ministério Público Federal é composto por contracheques zerados e outros com descontos  de 40% dos vencimentos de maio de 2011 até agora, além de DVD com imagens sobre o descaso do prefeito de Riacho Freio, Joaquim Mascarenhas Lustosa, como transporte de alunos feito em carro aberto e até de moto, além de faltar merendar escolar.

Segundo o presidente do Sinprosul, José Adalto da Silva, o atraso dos salários iniciou após paralisação das atividades no dia 17 de fevereiro por descumprimento do plano de carreiras da categoria e atraso no pagamento do abono de férias dos servidores referente ao ano de 2008. O prefeito da cidade então decidiu cortar os salários dos professores dos meses de março, abril e maio.

Após o prefeito Joaquim Mascarenhas entrar na Justiça pedindo a ilegalidade da greve, o Tribunal de Justiça do Piauí declarou a greve dos professores justa, mas determinou que 60% da categoria voltassem às atividades. Os professores estão cumprindo a ação judicial, mas o prefeito do município está pagando apenas 60% dos salários aos professores desde o mês de maio deste ano.

“Os professores de Riacho Frio estão passando fome. Apelamos para o Ministério Público Federal, órgão que fiscaliza os recursos públicos federais para que tome as providências corretas. Apelamos para este órgão federal porque o prefeito fala abertamente, em reuniões, que enquanto a prefeitura tiver dinheiro para gastar com advogado, este caso será empurrado com a barriga. Estamos apelando para a Justiça Federal”, afirmou José Adalto.

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