quarta-feira, 18 de abril de 2012

Professores de Picos mantêm a greve

Os professores da rede pública estadual de ensino na região de Picos decidiram em assembleia realizada nesta terça-feira (17) pela manutenção da greve que já dura 50 dias. Também foram discutidas estratégias para o fortalecimento do movimento.

Foto: Jornal de Picos
A presidente do Sinte Regional de Picos, Giselle Dantas, disse que no momento a principal articulação do movimento grevista deve ser em torno de sensibilizar os deputados a não aprovarem o projeto de lei enviado pelo governador à Assembleia Legislativa.
A sindicalista explica que a proposta acaba com a carreira do magistério e que o governador Wilson Martins quer incorporar a gratificação de regência ao salário e pagar 22% de reajuste somente para quem não tem curso superior e apenas 6% para os professores que têm formação superior. “Dessa forma ele acaba com a nossa carreira e desestimula o professor a se qualificar”, argumenta Giselle Dantas.
Sobre as ameaças do governador Wilson Martins de cortar o ponto dos grevistas e zerar os contracheques, os professores disseram que não vão se intimidar. Eles lembraram que já enfrentaram muitas batalhas, muitas incompreensões e não vão recuar agora quando defendem uma causa justa, ou seja, o cumprimento de uma lei federal.
No caso de o governo manter a ameaça e cortar o ponto dos trabalhadores em educação e zerar os contracheques, a orientação do Sinte-PI é de que os professores não reponham os dias parados como acontece em outras greves.
Estratégias
“O Ministério Público Estadual está entrando com uma representação contra o governo para que ele pague o piso nacional da categoria, mas sabemos que a justiça é lenta. O que devemos fazer agora é pressionar os deputados a não aprovarem o projeto de lei, pois se o fizerem, também serão prejudicados visto que vamos expor a imagem deles como traidores da educação”, alertou a presidente do Sinte Regional de Picos.
O projeto de lei do governo tem como relatora a deputada picoense Belê Medeiros (PSB), mas de acordo com Giselle Dantas, todos os outros parlamentares serão responsabilizados caso decidam votar a favor.
Durante a assembleia os professores questionaram o trabalho dos deputados em Brasília, tendo em vista que aprovam leis que não são cumpridas. “Para que servem leis neste país se elas não são postas em prática? Podemos até rasgar a lei do Piso Nacional da Educação pois não está sendo cumprida aqui no Piauí”, indignou-se Giselle Dantas.


Fonte: JornaldePicos

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