quinta-feira, 19 de abril de 2012

Sinte reage diz que se governo cortar ponto, não irá repor as aulas

Mesmo após a aprovação para que o reajuste dos professores seja votado em caráter de urgência e a iminência de que o projeto que desagrada os docentes seja aprovado, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte-PI), permanece realizando a sua vigília em frente à Assembleia Legislativa piauiense. A categoria ainda irá tentar garantir que o piso nacional seja pago a todos os professores no Estado, mesmo que tenha de recorrer à Justiça.


A presidente do Sinte, Odeni de Jesus, conta que desde a semana passada, os sindicalistas estão acampando em frente à Alepi das 9h às 14h em protesto e tentando sensibilizar os parlamentares. “Estamos há duas semanas tentando impedir a votação. Temos o apoio do Ministério Público que em todos os momentos considera a nossa greve legal e justa porque tem como objetivo central o cumprimento de uma lei”, declara.

Odeni acrescenta que ao conversar com os deputados, estes disseram aos docentes não poder ser contra o projeto enviado à Alepi. “A assembleia não tem autonomia alguns deputados estão apeados, às vezes dizem que não podem alterar (o projeto)”, lamenta.
Segundo a professora, a proposta do governo do estado prevê o pagamento do piso de R$ 1.451 retroativo ao mês de janeiro apenas para os professores classe A, que são aqueles que possuem apenas Ensino Médio. “Os outros 95% que fizeram o curso superior não vão receber retroativo a janeiro, nem o valor do piso. É mais uma forma do governo aprovar as maldades dentro do projeto e conta com o apoio da maioria da Assembleia. O projeto que está lá é prejudicial a categoria porque além disso tudo ainda quer acabar com a regência”, descreve.

Os docentes afirmam que mesmo se o projeto for aprovado sem alteração na Assembleia, ainda irão recorrer ao Ministério Público para tentar garantir o piso nacional e a não retirada da regência. O retorno às aulas ainda é incerto. “Quando esse projeto for aprovado, vamos fazer assembleia para ver se continuamos com a greve ou não. Temos condições de fazer reposição, mas avisamos ao governo que se houver corte do ponto, não faremos. O governo é que vai ter que repor”, pontua Odeni de Jesus.

Carlos Lustosa Filho
redacao@cidadeverde.com

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