segunda-feira, 23 de abril de 2012

Assembleia Legislativa aprova projeto do piso e professores da rede pública fazem protesto

Durante a votação oito deputados votaram contra, mas mesmo assim o projeto foi aprovado e agora deve ser sancionado pelo Governador.

BÁRBARA RODRIGUES DO GP1
Atualizada em 23/04/2012 - 12h43
Os professores da rede pública estadual de Teresina  lotaram ao plenário da Assembleia Legislativa do Piauí durante a votação da proposta de reajuste do salário dos professores. A Proposta enviada pelo governo do Piauí não é bem aceita pelos professores, que querem o reajuste de 22%, que é o piso nacional dos professores aprovado no começo deste ano e definido pelo Ministério da Educação. A maioria dos deputados aprovou o projeto do governo na sessão desta segunda-feira (23).

O projeto do governo prevê reajuste de 8% e tira a gratificação, conhecida como regência da categoria. Apesar do aumento de 8%, ele só será aplicado para os professores que possuem apenas o ensino médio.
Imagem: Mírian Gomes/GP1Professores desaprovam o projeto de lei do governo(Imagem:Mírian Gomes/GP1)Professores desaprovam o projeto de lei do governo
Desde quando começou a sessão, os professores fizeram muito barulho e tentaram o máximo possível atrapalhar o andamento da sessão. Quando o deputado Themistocles Filho foi ler o requerimento com a proposta do governo, foi feito bastante estardalhaço. E a votação que normalmente é rápida, foi interrompida para que os deputados da oposição pudessem dar sua posição em relação ao assunto.
Imagem: Mírian Gomes/GP1Protesto dos professores(Imagem:Mírian Gomes/GP1)Protesto dos professores
Um dos deputados que se propuseram a falar foi o deputado Cícero Magalhães que criticou a falta de negociação do governo com os professores. “O governo da um passo largo para massacra. O Wilsão é aquele que esmaga, que humilha. Dificilmente o ano letivo não seja perdido. Eu jamais votaria a favor de um governo que é contra essa categoria”, disse o deputado.

Firmino Filho também criticou a aprovação do projeto de lei. “A votação esse processo significa uma radicalização por parte do governo do Estado. Nós temos condições de dar um aumento de 17% e temos que cobrar do governo federal para chegarmos a mais de 22%”, disse o deputado.

Durante a votação oito deputados votaram contra, mas mesmo assim o projeto foi aprovado e agora deve ser sancionado pelo Governador. Dos 30 parlamentares, dois se ausentaram. Os deputados que aprovaram foram: Antonio Félix (PSD), Cícero Magalhães (PT), Evaldo Gomes (PTC), Firmino Filho (PSDB), João de Deus (PT), Liziê Coelho (PTB), Luciano Nunes (PSDB) e Marden Menezes (PSDB).

Revoltados com a decisão os professores foram para o Palácio do Karnark onde pretendem acampar todos os dias.
Imagem: Mírian Gomes/GP1Professores fazem protesto(Imagem:Mírian Gomes/GP1)Professores fazem protesto
Outro Lado

A deputada Belê Medeiros (PSB) da base do governo afirmou que o governo fez o possível para tentar fechar algum acordo, mas que isso não foi possível já que o governo não teria condições de pagar o valor reivindicado pela categoria.
Imagem: Mírian Gomes/GP1Policiais fazem a segurança na Alepi(Imagem:Mírian Gomes/GP1)Policiais fazem a segurança na Alepi

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