terça-feira, 24 de março de 2015

Governistas e oposição divergem nas análises sobre popularidade de Dilma

segunda-feira (23/03) pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), apontando que 10,8% das pessoas ouvidas avaliam positivamente o governo da presidenta Dilma Rousseff, repercutiu no Senado entre líderes do governo e da oposição.
De acordo com o líder do DEM, senador Ronaldo Caiado (GO), “o país está diante de um quadro gravíssimo e a presidenta perdeu as condições de governabilidade". Segundo ele, a presidenta deveria renunciar e convocar novas eleições.
“A prevalecer o quadro como está, o Congresso Nacional deveria avaliar que não é possível dar legitimidade à fraude e à mentira. O governo não tem credenciais de se apresentar como representante da população brasileira. Não é questão de impeachment, mas até de discutir a antecipação das eleições. Estamos diante de um quadro gravíssimo. Não é questão apenas de substituir a presidenta da República, mas de ouvir a sociedade brasileira”, defendeu o líder.
Sobre a avaliação negativa do Congresso Nacional, Caiado disse que as duas casas têm de ter credibilidade e apoio popular para aprovar as mudanças difíceis que o país precisa. Para o senador, se for necessário, o Congresso também pode ser submetido a novas eleições. “O político não pode ter essa condição de querer ficar encastelado em uma posição que a sociedade não considera e não respeita. Temos de ter credenciais”, acrescentou.
O líder do PT na Casa, senador Humberto Costa (PE), admitiu que o quadro é “preocupante”, mas que pode ser contornado. “Já vimos situações piores em governos estaduais, prefeituras e até em governos de outros países, onde, com o tempo, o processo de recuperação permitiu até a reeleição desses governantes. Com certeza, vamos recuperar sim", afirmou Costa.
Para o líder petista, a opinião de Caiado sobre uma possível renúncia da presidenta é “exótica”. “Aliás, ele evoluiu, porque defendia o impeachment e agora está convencido de que não há elementos para tal. Não vivemos em um regime parlamentarista, onde o governo, por estar mal em determinado momento, pode ser substituído. Não cabe. A presidenta Dilma tem um programa, implementará este programa de governo e, com certeza, estará bem mais à frente."
Os dois líderes também comentaram o indiciamento do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, por denúncias de recebimento de doações ilegais para campanhas do partido. Segundo Costa, ainda não há provas da conduta criminosa de Vaccari e caberá ao PT decidir se ele deve se desligar ou não do partido. “Creio que, no momento adequado, o partido debaterá a questão com tranquilidade."
Para Caiado, a permanência de Vaccari como tesoureiro do PT demonstra que a presidenta Dilma não consegue cuidar “da própria casa”. “Ele foi indiciado e o PT o mantém como tesoureiro, como homem forte do partido. E a presidente enviou para esta Casa um pacote anticorrupção. Se ela não dá o exemplo na casa e no partido dela, como a sociedade acreditará que ela está decidida a combater a corrupção?”
Fonte: Agência Brasil
Publicado Por: Bruna Veloso

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