sábado, 11 de outubro de 2014

Brasil Eleitoral

Por Josenildo Melo

Queiram ou não esta é a realidade que vai se acentuar durante estes próximos quinze dias pelo nosso país; não deveria ser assim, mas contra fatos e argumentos sólidos não adiantará dizer que não. A política também é exercício de disputas. A disputa eleitoral mais acirrada de todos os tempos apenas deu seu passo inicial. E o povo? A população? Ficará atônita em meio ao “tiroteio”. É a política!

Ninguém aqui deseja fazer apologia nem ao amor e muito menos ao ódio. Todos torcem para que o embate de idéias e prerrogativas de melhor governar aconteçam. No entanto é público e notório o sentimento de que para alguns certas ocasiões não possibilita ver os adversários apenas como tal, mas sobretudo como verdadeiros inimigos. Isso não é bom para um país conhecido nos últimos vinte anos por sua abertura ao processo democrático. Perder ou ganhar não deve significar o fim do mundo!

Jogar pessoas ou partidos políticos contra o povo e a população pode não ser a estratégia adequada para o momento. Os gurus e sábios são profissionais e sendo profissionais por natureza eles apenas indicam caminhos, mas necessariamente estes caminhos apontados podem ser ou não a melhor estratégia a ser utilizada. O BRASIL precisa de unidade e a unidade não provoca amor e ódio tomando conta do país. O BRASIL independentemente de quem ganhar as eleições pode sair ferido do período eleitoral; chegando ao ponto de ressuscitar olhares diferenciados sobre as regiões do nosso país.

O equilíbrio de forças provoca humildade; faz todo e qualquer detentor do poder redimensionar seu devido poder para o equilíbrio da unidade; da coesão institucional; o fascínio da democracia resulta justamente em entender e compreender o real limite de poderes advindos sejam das urnas, sejam poderes ortogados. Amor e ódio não podem tomar conta do prudente e calmo BRASIL.
Depois de toda derrota ou vitória os sentimentos costumam aflorar e a percepção de fatos e acontecimentos demoram alguns dias para acontecer. O momento é de respirar fundo; o momento é de redimensionar forças e procura de quem ainda não perdeu a capacidade da gratidão; o momento não é apenas de triunfo ou de reflexão; o momento é de equacionar a racionalidade e verificar o caminho de maior segurança e confiança. Política não é lugar pra cultivo de amor; muito menos de ódio!

Meros líderes locais não podem ter a pretensão de tornarem-se estrelas nacionais; qual a grande emissora de TV instalada em nossa região? Somos fortes e emocionalmente iguais, mas medir forças ao ponto de enfrentar diretamente a grande mídia pode ser extremamente perigoso! Perceber os limites em embates e disputas é o mais lúcido a fazer. E fazendo isso não significa dizer que não serão capazes de lutar e lutar até o fim a maior de todas as batalhas. Juízo, calma e prudência fazem bem!

Em nome da produção da equitatividade social não se pode perder as estribeiras. Nos últimos anos mais de 60 milhões de pessoas conseguiram chegar aonde jamais alguém imaginava que chegassem. Do outro lado a própria cultura do egoísmo pode está se achando subjulgada, relegada a segundo plano; a cultura implementada durante 500 anos não vai ceder facilmente e estarão resistindo a unhas e dentes. O caminho da intelectualidade neste momento soa em favor da paz, da busca de orações contínuas para que a guerra começada dia 10 de outubro não deixe o nosso país dividido.

BRASIL: AMOR E ÓDIO TOMAM CONTA? Se isso vai se acentuar ou não é algo que nenhum analista é capaz de prever e torcemos pra paciência, prudência, diplomacia, bom senso, equilíbrio e real vislumbramento racional pairem sobre a cabeça de todos que promovem ou incentivam esta disputa eleitoral. Quem é amor e quem é o ódio? Nenhum dos lados! O amor e ódio podem está sendo disseminados pelas próprias estratégias erroneamente elaboradas. 

PRECISAMOS DA POLÍTICA NO CAMPO DAS IDÉIAS; PRECISAMOS DA POLÍTICA EM SEU DEVIDO LUGAR! AMOR E ÓDIO NÃO PODEM SER DISSEMINADOS PELO Brasil!

FRASES: "Amor e ódio são os dois mais poderosos afetos da vontade humana." António Vieira. "O amor procura os iguais; o ódio, os diferentes." Albertano da Brescia. "Muitas vezes o amor põe freio nos obstinados e vence o ódio." Sêneca. "A política é como a esfinge da fábula: devora todos que lhe não decifram os enigmas." Antoine Rivarol.

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