sábado, 15 de março de 2014

Será que um Professor vale mais que o Neymar?

Professor vale mais que o Neymar

É muito difícil domar a mente insana de políticos nacionais. Eles só querem a ribalta do poder e não se preocupam com a situação real do país. Pois bem, Lula e a sua trupe cortesã, não tendo competência para tirar o Brasil do atraso multifacetado, não mediram esforço para reivindicar, e conseguiram a realização do megaevento da Copa do Mundo de 2014.

A política do “pão e circo” é muito característica dos governos incompetentes, que não têm habilidade para resolver os graves problemas sociais, mas são craques em apresentar alternativas que agradam a plateia de insipientes criaturas.

Como no Brasil poucos são aqueles que se preocupam com os gastos públicos, o governo petista não perdeu tempo para fazer a sua propaganda política ao abraçar o ônus da realização da Copa do Mundo, mesmo sabendo que o país carece flagrantemente de investimentos em educação, saúde, segurança, habitação, saneamento básico etc.

Ora, dirão os petistas: o dinheiro sairá de financiamento do BNDES, que serão posteriormente reembolsados. Santa ingenuidade que só pode enganar incautos tupiniquins do governo. Mas o dinheiro do banco de fomento é dinheiro público, dos contribuintes, que tem que ser aplicado nas premências sociais regionais e não em arenas esportivas.

Ou aplicar no social - conserto e abertura de rodovias e ferrovias, melhorias de nossos aeroportos, portos marítimos e fluviais, do sistema de transporte urbano, construção de hospitais, escolas, presídios de dignidade humana, moradia, saneamento básico de cidades onde o esgoto ainda corre a céu aberto – não é investimento de retorno?

Por isso, os movimentos apolíticos do mês de junho passado, deflagrado principalmente pelos jovens brasileiros, serviram de denúncia contra a atual governabilidade nacional, que há mais de dez anos no poder ainda patina no atendimento às demandas sociais.

O governo federal, fingindo não conhecer as reais justificativas dos movimentos sociais, porque não partiram de nenhuma ideologia política, tem que assumir responsabilidade pela sua incompetência administrativa no campo das necessidades sociais. Se o governo viesse realizando as suas obrigações, com efeito, não haveria nas ruas manifestação de black blocs, de ‘rolezinhos’, de arrastões em shoppings, praias e cidades, pois o povo estaria trabalhando e a juventude estudando para gozar de futuro melhor. Assim, está doente o país que não investe no professor, mas enobrece a arena de um Neymar, de um Ronaldo, de um Pelé etc.

*Júlio César Cardoso é bacharel em Direito e servidor federal aposentado

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