Programa é adotado sem que professores recebam treinamento para usar as máquinas em aula.
Embora ainda sob avaliação do governo
federal, o programa Um Computador por Aluno (UCA) já recebeu adesão de
220 municípios e Estados interessados em comprar 204 mil máquinas.
Para aproveitar a isenção fiscal que
reduz o preço de cada equipamento para até R$ 344, parte das
secretarias de Educação comprou os netbooks antes de capacitar
professores. Pesquisa do Instituto de Economia da UFRJ mostra que a
preparação dos docentes é uma barreira para o sucesso do programa.
Foto: Thiago Amaral/Cidadeverde.com
O programa chegou na escola Galileu Veloso em Teresina
Em
seis municípios que integraram o projeto-piloto, foi relatada
preocupação dos professores com a “falta de planejamento”, a “chegada
brusca” dos netbooks e a falta de estrutura física e elétrica. Mas
docente reconheceram os benefícios do uso dos equipamentos, como a
inclusão digital dos alunos e das famílias.
Na
primeira fase , o governo distribuiu 150 mil computadores a 300
escolas. Na etapa atual, lançada em dezembro passado, foi feito registro
de preços para 600 mil netbooks, que custam R$ 344,18 no Centro-Oeste,
no Norte e no Sudeste e R$ 376,94 no Nordeste e no Sul. Cada Estado ou
município decide se adere ou não, pagando com recursos próprios ou a
partir de linha de financiamento do BNDES.
Para
o Ministério da Educação, os efeitos concretos só poderão ser
percebidos a longo prazo. “Pode levar até cinco anos para conseguirmos
provar se aquela ferramenta melhorou a capacidade de aprendizagem”,
afirma Mauro Moura, coordenador de Tecnologia do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação, que gerencia o UCA.
Fonte: Estadão
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