O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal informaram nesta terça-feira (25) ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo processo da Operação Lava Jato na primeira instância, que bloquearam R$ 18.830.631,35 de três suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção que tinha tentáculos na Petrobras: Renato de Souza Duque, ex-diretor de Serviços da estatal; Othon Zanoide de Moraes Filho, ex-diretor da Queiroz Galvão, e Ildefonso Colares Filho, ex-presidente da mesma construtora. Os três foram presos nesta nova etapa da operação policial. Duque teve a prisão temporária convertida em preventiva e continua detido, enquanto os outros dois executivos já foram libertados.
Com o bloqueio desta terça-feira, a soma dos valores imobilizados nas contas de investigados pela Lava Jato já alcançou R$ 100.316.759,10. Em despacho, o juiz federal havia determinado que o Banco Central bloqueasse o dinheiro que fosse encontrado em nome de 16 suspeitos e três empresas investigadas, até o limite individual de R$ 20 milhões.
Na última sexta-feira (21), o Bradesco comunicou à Justiça Federal do Paraná que havia bloqueado R$ 33.598.881,56 das contas e investimentos dos 16 suspeitos e de duas empresas. O dinheiro estava em aplicações, fundos de investimento e planos de previdência privada (veja a lista completa dos bloqueios ao final desta reportagem).
Também na semana passada, o Banco Central também informou ao magistrado encarregado do caso que cumpriu o bloqueio de R$ 47.887.164,89 das contas dos investigados.
Defesa de executivo contesta bloqueio
Nesta segunda (24), a defesa do vice-presidente da empreiteira Engevix, Gerson de Mello Almada, pediu à Justiça Federal do Paraná que desbloqueasse mais de R$ 4 milhões de contas do executivo, retidos pelo Banco Central.
Nesta terça, o juiz federal Sérgio Moro deferiu parcialmente o pedido dos advogados ao informar que ainda não tinha informações "mais precisas" sobre a transferência dos valores bloqueados para a conta da Justiça. Segundo Moro, assim que ele obtivesse os dados, liberaria os valores bloqueados excedentes nas demais contas de Almada.
Lava Jato
Parte desses contratos está sob investigação da Receita Federal, do MPF e da Polícia Federal. Ao todo, 25 pessoas foram presas pela PF durante esta etapa da operação. Porém, ao expirar o prazo da prisão temporária (de cinco dias, prorrogáveis por mais cinco), na última terça (18), 11 suspeitos foram liberados. Outras 14 pessoas, entre as quais o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque continuam na cadeia.
Veja a lista dos valores bloqueados pela Justiça de cada um dos investigados:
Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor-presidente da Área Internacional da OAS: R$ 11.653.903,02
Dalton dos Santos Avancini, presidente da Camargo Corrêa: R$ 2.694.794,92
Eduardo Hermelino Leite, vice-presidente da Camargo Correa: R$ 4.213.256,00
Erton Medeiros Fonseca, diretor-presidente de Engenharia Industrial da Galvão Engenharia: R$ 667.498,81
Gerson de Mello Almada, vice-presidente da Engevix: R$ 29.950.325,27
Fernando Soares, conhecido como "Fernando Baiano", lobista apontado como operador da cota do PMDB no esquema de corrupção: R$ 8.873,79
Ildefonso Colares Filho, ex-presidente da Queiroz Galvão: R$ 17.178.379,63
João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa: R$ 1.902.071,85
José Aldemário Pinheiro Filho, presidente da OAS: R$ 60.903,99
José Ricardo Nogueira Breghirolli, funcionário da OAS: R$ 691.177,12
Othon Zanoide de Moraes, diretor-executivo da Queiroz Galvão: R$ 2.113.574,20
Renato de Souza Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras: R$ 3.924.993,61
Ricardo Ribeiro Pessoa, presidente da UTC: R$ 10.504.126,99
Sérgio Cunha Mendes, diretor-vice-presidente-executivo da Mendes Junior: R$ 700.407,06
Valdir Lima Carreiro, diretor-presidente da IESA: R$ 32.188,30
Walmir Pinheiro Santana, responsável pela UTC Participações: R$ 663.964,87
Empresas:
Hawk Eyes Administração de Bens: R$ 6.561.074,74
Technis Planejamento e Gestão em Negócios: R$ 6.643.516,21
D3TM Consultoria e Participações: R$ 151.647,42
Dalton dos Santos Avancini, presidente da Camargo Corrêa: R$ 2.694.794,92
Eduardo Hermelino Leite, vice-presidente da Camargo Correa: R$ 4.213.256,00
Erton Medeiros Fonseca, diretor-presidente de Engenharia Industrial da Galvão Engenharia: R$ 667.498,81
Gerson de Mello Almada, vice-presidente da Engevix: R$ 29.950.325,27
Fernando Soares, conhecido como "Fernando Baiano", lobista apontado como operador da cota do PMDB no esquema de corrupção: R$ 8.873,79
Ildefonso Colares Filho, ex-presidente da Queiroz Galvão: R$ 17.178.379,63
João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa: R$ 1.902.071,85
José Aldemário Pinheiro Filho, presidente da OAS: R$ 60.903,99
José Ricardo Nogueira Breghirolli, funcionário da OAS: R$ 691.177,12
Othon Zanoide de Moraes, diretor-executivo da Queiroz Galvão: R$ 2.113.574,20
Renato de Souza Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras: R$ 3.924.993,61
Ricardo Ribeiro Pessoa, presidente da UTC: R$ 10.504.126,99
Sérgio Cunha Mendes, diretor-vice-presidente-executivo da Mendes Junior: R$ 700.407,06
Valdir Lima Carreiro, diretor-presidente da IESA: R$ 32.188,30
Walmir Pinheiro Santana, responsável pela UTC Participações: R$ 663.964,87
Empresas:
Hawk Eyes Administração de Bens: R$ 6.561.074,74
Technis Planejamento e Gestão em Negócios: R$ 6.643.516,21
D3TM Consultoria e Participações: R$ 151.647,42
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