quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Aécio aponta 'contradição' de Dilma na escolha de nova equipe econômica

O senador e presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), divulgou uma nota nesta quinta-feira (27) na qual afirma que os novos nomes da equipe econômica do governo são contraditórios ao discurso de Dilma Rousseff durante a campanha eleitoral. O Palácio do Planalto anunciou Joaquim Levy como ministro da Fazenda e Nelson Barbosa no Ministério do Planejamento.


“As contradições, cada vez maiores, da presidente Dilma Rousseff sinalizam um governo sem planejamento, que não sabe a direção que vai tomar”, afirma Aécio em nota.

Dilma Rousseff fez diversas críticas, durante a campanha eleitoral deste ano, ao economista Armínio Fraga, nome escolhido por Aécio Neves para assumir o ministério da Fazenda caso vencesse as eleições presidenciais.

Joaquim Levy, segundo afirmam parlamentares do PSDB, foi aluno de Fraga e ambos estão mais alinhados ao que defendem os tucanos do que os petistas na área econômica. Além disso, o novo ministro atualmente comanda o Bradesco Asset Management. O discurso dos novos ministros, segundo Aécio, “contraria todas as teses defendidas pelo PT”.

De forma irônica, Aécio Neves chegou a dizer nesta terça-feira (25) que escolher Levy para a Fazenda é “como se um quadro da CIA fosse indicado para comandar a KGB", em referência aos serviços secretos dos Estados Unidos e da ex-União Soviética.

Na nota desta quinta-feira, Aécio não cita diretamente o nome de Levy e diz que a presidente escolheu novos nomes da área econômica numa tentativa de “acalmar o mercado e recuperar a credibilidade perdida”.

“Hoje, fica evidente que ela sabia estar mentindo ao país durante toda a campanha eleitoral. Como devem estar se sentindo os eleitores que acreditaram na candidata e no seu discurso recheado de bondades, vendo que ela hoje está fazendo tudo o que, durante a campanha eleitoral, disse que não faria?”, afirmou.

Aécio questionou qual é o “verdadeiro rosto” do governo Dilma. “Refém de tantas contradições, o governo corre o risco de não ter nenhum", completou o senador.

“O governo lembra a música de Noel Rosa, 'Com que roupa eu vou?'. No caso, com que discurso o governo vai falar ao país? Com o falso discurso populista apresentado na campanha e pelo qual foi eleito? Com o da irresponsabilidade fiscal que afronta o Congresso? Com o defendido pelos novos ministros, que contraria todas as teses defendidas pelo PT?

G1

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