terça-feira, 23 de setembro de 2014

Marina critica saque de R$ 3,5 bilhões do Fundo Soberano pelo Governo Candidata do PSB criticou manobra do governo para cumprir meta fiscal.

Um dia após o governo informar que projeta resgatar R$ 3,5 bilhões do chamado Fundo Soberano – uma reserva financeira que serve como uma espécie de "colchão" –, a candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, afirmou nesta terça-feira (23) que o uso da poupança do país demonstra que a atual gestão federal está "comprometendo" a estabilidade econômica brasileira.
O governo federal anunciou o saque no fundo para tentar cumprir a meta fiscal de superavit primário, que é a economia feita para pagar juros da dívida pública, fixada neste ano em R$ 99 bilhões para todo o setor público consolidado (governo, estados, municípios e empresas estatais).
“O uso dos recursos soberanos para socorrer as contas públicas do governo é uma demonstração clara de que, de fato, este governo está comprometendo o desenvolvimento econômico do nosso país, a estabilidade econômica do nosso país”, reclamou Marina durante entrevista coletiva em Curitiba.
A presidenciável do PSB cumpriu agenda eleitoral na capital paranaense na manhã desta terça-feira. Ao final da coletiva, Marina conversou com militantes do PSB e simpatizantes de sua campanha em um centro de convenções e eventos da cidade.
A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, ao lado do seu vice Beto Albuquerque durante coletiva de imprensa realizada no Espaço Torres, em Curitiba, nesta terca-feira (23) (Foto: Roberto Dziura Jr/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo)A candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, ao lado do candidato a vice Beto Albuquerque durante coletiva de imprensa em Curitiba nesta terça (Foto: Roberto Dziura Jr/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo)
Em meio à entrevista, ela acusou o Executivo federal de promover intervenções "preocupantes" no mercado. Na visão de Marina, a postura intervencionista do Palácio do Planalto demonstra que há um problema grave na economia.
“O tempo todo é dito pelo discurso oficial que tudo está bem em uma prática errática de não reconhecer os erros. As intervenções são altamente preocupantes numa demonstração clara de que temos um grave problema. Mais uma vez, foi reajustada para menos a taxa de crescimento do país”, enfatizou.
Reformas tributária e agrária
Candidato a vice na chapa de Marina, o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS) reiterou durante o encontro com militantes do partido que, se eleitos, uma de suas primeiras iniciativas será encaminhar ao Congresso Nacional uma proposta de reforma tributária. A promessa era uma das bandeiras de Eduardo Campos, à época em que ele encabeçava a chapa do PSB.
Segundo Albuquerque, a atual carga tributária brasileira, além de ser pesada, é "injusta". "O nosso governo tem um compromisso, como era a proposta de Eduardo Campos, de ser o primeiro governo na história do Brasil em não aumentar a carga tributária. Primeiro, fazer a reforma tributária com a premissa de redução de carga e sem qualquer perspectiva nos próximos quatro anos de aumento de qualquer natureza”, disse o candidato a vice.
Marina Silva também destacou, em Curitiba, que se vencer a eleição de outubro ela irá promover uma reforma agrária. Ela prometeu ainda incentivar e premiar os produtores rurais que "fazem o dever de casa" aumentando a produtividade e a competividade no agronegócio.
“No nosso programa de governo, nós estamos favorecendo políticas públicas que ajudem a forma cooperativa e colaborativa de produzir, de gerar riquezas, de gerar melhor qualidade de vida para as pessoas, possa ser estimulado”, disse.
Mobilidade urbana
Destacando que, na opinião dela, Curitiba é uma referência nacional na área de mobilidade urbana, a candidata do PSB esse será um ponto prioritário de seu eventual governo. Ela afirmou que pretende valorizar o transporte coletivo, como VLTs (veículos leves sobre trilho) e metrô, como forma de resolver o problema da mobilidade.
“O transporte público é um instrumento fundamental para ajudar no grande transporte de massa. Infelizmente, o atual governo já fez esta promessa, não só aqui em Curitiba, mas em vários outros estados e capitais, e não cumpriu", alfinetou.
Fonte: G1
Repórter: Bibiana Dionísio

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