quinta-feira, 15 de março de 2012

Ministro defende reajuste

"Nós podemos pensar novos mecanismos de reajuste, mas tem que ser um reajuste que assegure o crescimento real do piso", afirma Mercadante

Fonte: Diário Catarinense (SC)


Em audiência, na manhã de ontem, na Câmara dos Deputados, o ministro da Educação, Alozio Mercadante, voltou a defender o reajuste do piso salarial nacional dos professores. Alguns Estados, no entanto, alegam que não têm como garantir o pagamento do novo piso por falta de recursos ou pelo aumento da folha. Até o final desta semana, professores organizam paralisações para pedir o cumprimento da lei.
"É evidente que é um reajuste forte, mas é um reajuste dado. (...) Nós podemos pensar novos mecanismos de reajuste, mas tem que ser um reajuste que assegure o crescimento real do piso", afirmou Mercadante.
Um projeto de lei que tramita na Câmara prevê a troca do índice de correção pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que fechou o ano em 6,98%. O reajuste é baseado atualmente no valor gasto por aluno no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).
O ministro reforçou o pedido para votação do Plano Nacional de Educação (PNE) ainda neste semestre.
– Quanto mais próximo da eleição, mais difícil será a pauta legislativa – avaliou Mercadante.
Relator da proposta na Casa, o deputado federal Angelo Vanhoni (PT-PR) reconheceu que “se nós não votarmos o PNE até o mês de abril e maio, nós não vamos votar na Câmara dos Deputados neste ano”.
A principal divergência entre governo federal e os deputados federais se refere ao percentual do Produto Interno Bruto que deve ser investido em Educação.
O governo apresentou um índice de 7% do PIB, enquanto diversas emendas demandam 10%.
Entusiasta do uso da tecnologia na Educação, Mercadante ainda defendeu mais uma vez o uso de tablets por professores. O MEC gastará cerca de R$ 110 milhões na compra dos aparelhos.
– Nem todos vão aprender (a usar o tablet), mas é um instrumento mais amigável, mais simples. (...) Nós vamos criar o apartheid digital no Brasil – disse o ministro.
– Se o professor dominar o processo, ele vai ter mais liderança em segurança. A tecnologia não é um fim em si mesmo. É um instrumento – avaliou Mercadante.

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