Os policiais civis do Piauí entraram em greve por tempo indeterminado nesta sexta-feira (15). Eles não aceitam a proposta do governo do Estado de pagar o reajuste de 24%, acordado perante a justiça ano passado, em quatro parcelas de 6% nos meses de maio e novembro de 2011 e 2012.
“Não chegamos em nenhum consenso. Desde a última paralisação, nunca chegaram para conversar. Essa proposta não é satisfatória”, afirma Aurimar Silva, 1º secretário do Sindicato dos Policiais Civis do Piauí (Sinpolpi).
Os policiais irão manter apenas 30% dos trabalhadores e atenderão apenas aos crimes hediondos, como assassinatos.
PresosOs agentes penitenciários também cruzaram os braços nesta sexta. Eles reivindicam um reajuste salarial igual ao dos policiais civis de 24%, no auxílio alimentação, convocação de mais concursados e melhorias nas unidades prisionais.
Vilobaldo Carvalho, presidente do Sinpoljuspi
“O sistema todo na capital e interior está parado. Desde a paralisação (no último dia 4) até agora há não tem nenhuma posição do governo, não sinalizaram nada”, declara Cláudio Sotero, 2º vice-presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários e Servidores Administrativos das Secretarias da Justiça e de Segurança Pública do Estado do Piauí (Sinpoljuspi).
Segundo ele, o sindicato manterá apenas os 30% conforme determina a Lei. A categoria está reunida na Casa de Custódia. Estão proibidas as visitas de advogados e parentes aos presos, assim como audiências. “Só com ordem judicial”, pontua Sotero.
Carlos Lustosa Filho
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