terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Evaldo diz que não saiu da base: "Foi o governador que me tirou"

A base do governador Wellington Dias (PT) teve a primeira baixa após o resultado da eleição para presidente da Assembleia Legislativa do Estado. O deputado Evaldo Gomes (PTC) foi "convidado" pelo governador a deixar o grupo e entregar o comando da Companhia Metropolitana de Teresina e  se comportar como um parlamentar da oposição. Ele é um dos suspeitos de ter traído o Governo e ter votado no deputado Themístocles Filho (PMDB).
Em entrevista ao O Olho, Evaldo afirma que foi o governador que decidiu expulsar o PTC da base.  Ao ser questionado se votou em Themístocles Filho, Evaldo negou as acusações e disse que irá provar sua inocência.  "O governador  entendeu dessa forma e pediu que saíssimos da base. Eu fui humilhado. Ele me chamou de traidor na frente da secretária dele. Não posso confiar em uma pessoa que faz barganha política com os cargos do Governo", declarou. A saída de Evaldo Gomes da base mostra que a pesar das negativas do Governo, estaria ocorrendo uma espécie de “caça às bruxas” na base. Para punir os acusados de traição, Wellington teria interrompido as nomeações e algumas secretarias ainda estão sob o comando dos secretários interinos.
Evaldo Gomes afirmar que irá provar a sua inocência perante a opinião pública. "Eu vou provar que votei em Fábio Novo. Estou de consciência tranquila. Ele ainda queria fazer um acordo para que nossa saída fosse anunciada como algo pessoal. Ele precisava apresentar uma resposta ao PT e me usou como bode expiatório", declarou. Evaldo Gomes afirmou que não irá obrigar o deputado Dr. Hélio (PTC) a sair da base. "Essa é uma decisão que cabe a ele", comentou.   
Em entrevista anterior, o secretário de Governo Merlong Solano (PT) afirmou que o governador deverá reestruturar a base na Assembleia. Segundo ele, era preciso que os deputados que assinaram o documento se comprometendo a votar em Fábio Novo, mas decidiram apoiar Themítocles Filho (PMDB) recebessem uma resposta.
A expectativa é que novas mudanças possam ocorrer na composição da base aliada até a primeira semana de março. Cargos deverão ser entregues e nomes que até então são vistos como oposição devem integrar o governo de Wellington Dias. O governador tem intensificado as negociações com os partidos. A preocupação do petista é ter uma base forte para votar os projetos de interesse do governo.
Repórter: Lídia Brito
FONTE: PORTAL O OLHO

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