sexta-feira, 18 de março de 2016

Sindicato dos professores sofre bloqueio de contas no Piauí

Foi determinado pelo desembargador Antônio Paes Landim Filho o aumento de R$ 100 mil para R$ 200 mil a multa diária aplicada ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica Pública do Piauí (Sinte-PI). E ainda indisponibilidade do valor de R$ 600 mil em quaisquer depósitos ou aplicações financeiras de titularidade. As informações são do programa Agora, da TV Meio Norte.
Trabalhadores da educação discutem contraproposta na praça da bandeira / Foto: Sinte-PI
Trabalhadores da educação discutem contraproposta na praça da bandeira / Foto: Sinte-PI
A punição foi aplicada por conta do descumprimento de uma decisão anterior, no qual ficou determinado que a categoria mantivesse pelo menos 70% dos trabalhadores em seus postos, de maneira a permitir o início do ano letivo na rede estadual de ensino. A multa deve ser aplicada caso a entidade mantenha a greve, que já dura um mês, sem atender o percentual mínimo de profissionais trabalhando.
Odeni Silva, presidente do Sinte-PI / Foto: Reprodução/TV Meio Norte
Odeni Silva, presidente do Sinte-PI / Foto: Reprodução/TV Meio Norte
“Isso é um problema, porque é um direito que nós temos, o direito de greve, o direito de lutarmos pela garantia de nossos direitos e o desembargador bloqueou as contas do SINTE, mas a nossa assessoria jurídica está tomando todas as providências cabíveis para este desconto não afetar o nosso sindicato”, disse Odeni Silva, presidente do Sinte-PI.
Nas unidades escolares, corredores e salas de aulas vazias, com os professores em greve os alunos ficaram em casa. São 34 dias de paralisação, prejuízos a quem precisa estudar, principalmente quem vai fazer o Enem em 2016. No Liceu Piauiense, o período de tempo integral funciona com dificuldades, só até o meio-dia, por falta de comida, ainda de acordo com Odeni Silva.
O Sinte e o governo do estado podem está próximo de um acordo. Com parcelamento em duas vezes no pagamento do reajuste. O que falta definir é a data que eles serão aplicados.
“Nós estamos numa perspectiva de uma negociação com a secretária de Educação Rejane Dias e esperamos resolver esse conflito na segunda-feira (21/03). O governo já assinou a possibilidade de duas vezes. A divergência está nos meses, porque nós queremos 6% em janeiro e o restante em julho, para complementar os 11,36%. Esperamos um entendimento para a assembleia de segunda aprovar e sairmos desse conflito”, pontua.
CONTRAPROPOSTA  
Em assembleia geral dia (15/03) na Praça da Bandeira, os servidores decidiram continuar com o movimento grevista e retornar a negociação com o Governo do Estado, e elaboraram a seguinte contraproposta, divulgada no site do próprio sindicato:
Pagamento do Magistério: pagamento do reajuste da lei do piso de 11,36% em duas parcelas sendo 6% em março retroativa a janeiro e a segunda parcela de 5,36% a ser paga no mês de julho.
Para os Administrativos:
Técnicos de Nível Médio e Superior: concorda com a proposta do governo de parcelamento em duas vezes da tala da lei nº 6.560/2014, sendo 1/3 (um terço) retroativo a janeiro de 2016 e o restante, ou seja, 2/3 (dois terços) no mês janeiro de 2017 reajustado.
Administrativos de Nível Operacional: que o governo pague os 4% para todos os operacionais de serviço; e sancione a lei de reenquadramento, pois esses servidores já foram reenquadrados.
Data base: a data base para todos os trabalhadores em educação do Estado do Piauí será o mês de janeiro.

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