quarta-feira, 20 de julho de 2016

Rodoviários de Teresina confirmam greve do transporte público a partir desta 0h

O Sindicato dos Trabalhadores de Empresas de Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro) confirmou ao O Olho a paralisação dos serviços de transporte público em Teresina. A categoria inicia a greve a partir das 0h desta quinta-feira, alegando atrasos nos pagamentos de salários dos motoristas e cobradores de ônibus da capital.
Fernando Feijão, presidente do sindicato, esclareceu que há cerca de três meses o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Teresina (Setut) vem ameaçando os trabalhadores com os atrasos nos pagamentos, cujo salário é parcelado em duas vezes mensais. São 40% depositado no dia 20 e 60% no dia 5.
“Há uns três meses nós estávamos sendo ameaçados de não receber o nosso adiantamento do dia 20. Hoje [20/07], quando os trabalhadores foram ao banco, eles perceberam que o dinheiro não estava depositado. Foi aí que deflagramos a greve até que o nosso salário seja pago”, disse.
PMT DEVE R$ 15 MILHÕES
Ainda com o presidente, há um impasse entre a Prefeitura Municipal de Teresina (PMT) e o Setut. O rodoviário acrescenta que a prefeitura está devendo mais de R$ 15 milhões aos empresários desde 2015, o que compromete o pagamento dos funcionários. “O Setut alega que não faz o pagamento porque a prefeitura não está pagando a diferença do valor real que seria a passagem de Teresina pelo reajuste sofrido em 2016”, denunciou.
Fernando Falcão pontua à reportagem que enquanto a PMT não cumprir com o contrato firmado com os empresários, os salários dos rodoviários vai continuar atrasando. “A greve continua até o pagamento ser efetuado. Não só nós, mas a população também será prejudicada. Infelizmente, amanhã vai ser o caos”, salientou o presidente.
O Sintetro ainda diz que a prefeitura discorda do valor da dívida alegado pelo Setut, pois, segundo suas afirmações, a PMT relatou que só deve cerca de R$ 10 milhões aos empresários. Isso inclui os subsídios com o reajuste proposto pelo município e a manutenção da meia passagem aos estudantes no valor de R$ 1,05.
Questionado sobre um possível aumento de passagem, Fernando Feijão esclareceu ao O Olho que essa hipótese está descartada. “Isso jamais vai acontecer neste ano. Não pode haver dois aumentos consecutivos da tarifa em menos de um ano e nós seríamos totalmente contra”, completou.
PRONUNCIAMENTO
A reportagem tentou entrar em contato com o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Teresina (Setut), mas até o fechamento desta matéria não obtivemos resposta. Já a Prefeitura Municipal de Teresina alega que ainda não notificada sobre a paralisação dos rodoviários e que qualquer tentativa de greve sem a informação com, no mínimo 24h de antecedência, é ilegal.

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