terça-feira, 19 de abril de 2016

Wellington Dias afirma que Dilma não descarta haver novas eleições

Por conta da admissibilidade na Câmara, para que Michel Temer não fique durante todo o restante do mandato na presidência, em caso de haver impeachment, já se discute a possibilidade da presidenta renunciar a dois anos de mandatos


O governador Wellington Dias retornou de Brasília nesta terça-feira (19/04), onde esteve articulando junto da presidente Dilma Rousseff, para tentar barrar o prosseguimento do processo de impeachment na Câmara Federal. O processo foi aprovado no domingo (17/04) durante votação, e agora segue para o Senado. Para tentar evitar “um golpe”, como disse Wellington, na manhã desta terça, o governo não descarta a possibilidade de defender novas eleições diretas.
“Qualquer um que acompanha esse processo sabe que é uma presidenta honesta, que não cometeu crime de responsabilidade fiscal, e a constituição, por isso, tem que ser respeitada. Ou seja, não é razoável, que seja aceito como natural, a cassação de uma presidenta da república, porque a sua popularidade está baixa”, explicou o governador.
A justificativa para julgamento do processo de impedimento a Dilma, seriam as “pedaladas fiscais” executadas para pagamentos de programas assistencialistas. “O fato da presidenta ter autorizado o pagamento de Bolsa Família, de Fies, do programa Brasil sem Fronteira, e que em seguida reembolsou para a Caixa Econômica, [não é crime] e estão colocando isso como crime”, disse Wellington.
Wellington Dias disse ainda que já esperam que o julgamento seja aprovado no Senado, no entanto, que não haverá votos suficientes no plenário para aprovar o impeachment. “Acho que a tendência é ser aprovado [no Senado] para julgamento. O que avalio é que há no Senado, de modo mais sólido, foi assim durante todo o governo da presidenta Dilma, um número maior de parlamentares experientes e acredito que terão um olhar não apenas com um julgamento meramente político”.
Por conta da admissibilidade na Câmara, para que Michel Temer não fique durante todo o restante do mandato na presidência, em caso de haver impeachment, já se discute a possibilidade da presidenta renunciar a dois anos de mandatos, para se ter eleições diretas novamente.
“Lá no Senado Federal, o senador Capiberibe (PSB) mais outros líderes me disseram que apresentaram, ou apresentarão, uma proposta para que se tenha a condição de uma eleição direta. O que eu disse a ele é que se tiver um impedimento, inclusive com concordância da parte da presidente, é preciso dizer isso, ela [eleição] poderá ser uma saída para a democracia”, completou.

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