domingo, 6 de outubro de 2013

Muricy: "País era outro se cobrassem governantes como jogadores"

O técnico do São Paulo, Muricy Ramalho, afirma que a atual situação vivida por jogadores e treinadores no Brasil é crítica por conta do excesso de partidas a que estão submetidos. Pouco antes de o time tricolor bater o Vitória por 3 a 2 na noite deste sábado, o comandante do Botafogo, Oswaldo de Oliveira, teve uma arritmia cardíaca após a derrota por 1 a 0 para o Grêmio, no Maracanã.


"Não é fácil. Ficam chamando treinador de burro, falam um monte de coisa. Se cobrassem os caras que governam esse País como os jogadores de futebol, esse País era outro", afirmou.

Muricy lembrou que no começo do campeonato, as estrelas eram os jogadores veteranos, como Alex, do Coritiba, Zé Roberto, do Grêmio, e Seedorf, do Botafogo. Porém, com o excesso de jogos, o rendimento de todos eles já não é mais o mesmo.

"A diferença (agora) é a parte física. Está se jogando demais. Estava vendo o Botafogo jogar. Falavam muito nos jogadores mais experientes. O Campeonato Brasileiro está fazendo tudo para acabar com esses jogadores", disse ele.

Segundo Muricy, a falta de treinamentos, com jogo após jogo, faz com que esta edição do Brasileiro seja uma das piores já vista por ele. "A gente não tem controle. O jogador nunca está preparado para jogar. É um dos piores Brasileiros que eu já vi".

Muricy diz que nessa situação o controle fica semelhante a de um barco à deriva. "A gente fica como um barco largado, sem o domínio da situação", diz. "O jogador não dorme, não come direito. Não é só psicológico".

Fonte: Terra

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